Descobri minha doença depois de muitas sessões de fisioterapia tratando uma possível tendinite. Sempre trabalhei com a área de TI, isso significa ficar muitas horas em frente ao computador, por vezes sem nenhuma postura. Quando mais jovem sempre fui praticante de exercícios, joguei vôlei por muito tempo, depois passei por uma fase no muay thai e muitas idas a academia. Quando descobri a AR não estava em uma fase de muitos exercícios.
Sempre trabalhei com TI, teoricamente era normal. No final de 2016, depois de alguns meses sofrendo com as dores da “tendinite”, apareceu uma espécie de “cisto” na minha mão e aquilo me assustou. Fui adiando a ida até o médico, até que um belo dia eu acordei e não conseguia mexer uma das mãos, meus movimentos estavam totalmente travados. Ao lado do emprego tinha um consultório ortopédico, e lá fui eu. Fui examinada, fiz exames e o médico reforçou “uns dias de atestado, encaminhamento para fisioterapia, remédios para dor, é só uma tendinite”.
A dor nunca passava, os cistos começaram a aumentar. A outra mão também começou a doer. Cada vez que passava com o ortopedista ele dizia a mesma coisa. Até que meu joelho começou a inchar do nada. O fisioterapeuta que me via todos os dias me recomendou consultar em outro ortopedista “aquilo não podia ser só tendinite”. Lá fui eu atrás de outro médico, especialista em joelhos dessa vez. Ele me viu e já sabia que o que eu tinha não era ortopédico. Saí da consulta com um milhão de pedidos para exames de reumatismo, lúpus e outras coisas mais.Durante a consulta ela me deu um monte de recomendações, eu era nova, não devia cobrar tanto de mim, devia viver a vida mais leve se quisesse viver por muito tempo.
Com o resultado dos exames fui ao reumatologista e lá estava o resultado, artrite reumatoide. Doença desconhecida, teoricamente só os idosos tinham. Na minha família ninguém tem, li relatos horrorizantes na internet, achei que minha vida ia acabar ali. Agora eu era deficiente, não podia fazer aquilo, não podia fazer aquilo outro. Quase 1 ano tratando com o reumatologista e nada de sentir melhoras e minha vida estava acabando.
Mas não podia ser assim, lá fui eu atras de um centro de pesquisas e foi essa médica, que me atendeu nesse dia, que me abriu os olhos. Sai de lá e fui atrás de outro reumatologista. Encontrei a Dra. Adriana, a quem não largo nunca mais. Hoje depois de quase 8 meses de tratamento estou fazendo o uso de medicamento biológico mas a minha vida não parou. Tenho limitações? TENHO! Tenho crises? CLARO! Minha AR está em remissão? NÃO! Mas a vida continua. A gente tem que aprender a olhar as coisas boas da vida, o quanto Deus é generoso com a gente, o quanto de pessoas maravilhosas que encontramos no caminho.
Sigo em frente, mas sem Fé em Deus, sem minha família e todas as pessoas maravilhosas que Deus colocou na minha vida, eu não seria nada! Não se pode desistir, se deixar desestimular. Hoje, nos dias que sinto mais dor são os dias que eu mais me forço a fazer um exercício, para quem tem AR ficar parado é o pior remédio!
Me chamo Vanessa Freitas, tenho 29 anos, convivo com a artrite reumatoide há 2 anos, sou analista de sistemas, moro em São Paulo – SP.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída“, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
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