Especialistas recomendam a vacinação em casos específicos e com acompanhamento médico
No segundo dia do 20º Congresso Pan-Americano de Reumatologia, os médicos Madeo Esposto, da Argentina, e Claiton Brenol, do Brasil, abordaram recomendações e informações sobre as vacinas para pacientes com doenças reumáticas. Sabe-se que estes pacientes possuem taxas baixas de vacinação, em virtude do medo e do risco de complicações no quadro clínico. Dr. Madeo abordou em sua palestra se se as vacinas são realmente necessárias para os pacientes. Em sua fala, ele apontou que devem ser avaliadas a enfermidade, o tratamento, a comorbidades, outras infecções, o entorno familiar e social e possíveis viagens para determinar se a vacina é indicada ou não.
Entre os motivos que os pacientes evitam serem vacinados estão: dúvidas, medos, ignorâncias e comunicação deficitária entre os profissionais da saúde. O especialista argentino falou aos pacientes que estes devem pensar que apesar de ser um direito não querer se vacinar, qual é a responsabilidade social deste ato?
O Dr. Claiton Brenol apontou as principais recomendações de vacinação para os pacientes. A vacina contra a gripe ainda é uma das principais recomendações para os reumáticos. A dose é anual e a vacina muito segura, oferecendo baixíssimos riscos de efeitos colaterais. Outra vacina indicada é a vacina contra pneumococos, bactérias que causam sinusites e pneumonias, que podem levar a um quadro de infecção generalizada. A vacina deve ser feita em duas doses com intervalo de oito semanas e reforçada a cada cinco anos.
A vacina contra a herpes-zoster também é indicada aos pacientes que possuem mais de 50 anos. Por se tratar de prevenir uma doença inflamatória, pode ser uma boa proteção aos pacientes, no entanto, deve ser avaliada com o médico reumatologista a sua indicação.
Para aqueles que nunca tiveram catapora na infância, a vacina contra a varicela também é indicado. Além deste, a vacina contra o HPV também é fortemente recomendado para as mulheres de todas as idades. Já a vacina contra a Febre Amarela deve ser avaliada de forma especial com o médico que acompanha o paciente. Nem todos podem ou devem toma-la, por conta dos possíveis riscos de efeitos colaterais da vacina.
Para os médicos, o especialista recomendou que sempre que o paciente chegue ao consultório, tenha logo atualizado o cartão vacinal e que de preferência as vacinas sejam feitas antes do uso dos imunossupressores.
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