A osteoporose, doença metabólica que leva ao enfraquecimento dos ossos e aumenta a chance de fraturas, é um sério problema de saúde pública. Estima-se que 10 milhões de brasileiros tenham osteoporose. A doença é silenciosa de modo que a maioria dos pacientes não sabe que tem ossos frágeis até o momento da fratura.
As primeiras fraturas ocorrem quando já houve perda de 30 a 40% da massa óssea. Pesquisas apontam que, a partir dos 50 anos, cerca de 30% das mulheres e 13% dos homens apresentarão alguma fratura em decorrência da osteoporose.
A doença é mais comum em mulheres na menopausa e homens idosos. Uma vez que o nosso osso é construído na infância e adolescência, podemos dizer que a osteoporose é uma doença geriátrica, mas que começa na pediatria. Embora rara na faixa etária pediátrica, crianças e adolescentes podem sofrer de osteoporose e osteopenia (condição que também leva ao enfraquecimento dos ossos).
O primeiro sinal da osteoporose costuma ser o aparecimento de fraturas após traumas leves, como uma queda da própria altura, durante as brincadeiras, prática de esportes ou mesmo na ausência de um trauma (fraturas espontâneas). As vértebras, o punho e o quadril são as regiões mais acometidas pela doença.
Nos adultos a osteoporose e osteopenia estão relacionadas à perda dos hormônios sexuais (menopausa e andropausa) e ao envelhecimento em si. Nas crianças e adolescentes, a osteoporose quase sempre ocorre como decorrências de outras doenças.
Durante a infância e adolescência construímos um “banco de ossos”, que será a base para toda a nossa vida. Para construir uma boa reserva de osso, precisamos ingerir diariamente cálcio (por meio principalmente do consumo de leite e derivados), praticar exercícios físicos e sintetizar a vitamina D, por meio da exposição (moderada!) ao sol. Esses hábitos de vida saudáveis permitem que aos 30 anos de idade alcancemos um pico de massa óssea maior.
Após essa fase, a massa óssea permanece estável até a menopausa ou andropausa (ao redor dos 50 anos), ocasião em que se inicia a perda óssea. Pessoas que atingiram um maior pico de massa óssea terão menor risco de osteoporose. Por outro lado, pessoas com pico de massa óssea reduzido terão risco maior de fragilidade óssea.
Atividade física regular, dieta saudável e rica em cálcio e evitar hábitos nocivos como o fumo e o excesso de bebidas alcoólicas são as medidas preventivas eficazes para minimizar o risco de osteoporose.
Precisamos estimular as nossas crianças a evitar o sedentarismo, praticar atividades físicas e esportes e melhorar o consumo de leite e derivados. Assim, desenvolverão ossos fortes e serão menos suscetíveis à fragilidade óssea na fase adulta e no envelhecimento.
Dra. Vera Szejnfeld é doutora em Reumatologia, professora da UNIFESP e médica do CURA – Imagem e Diagnóstico
Fonte: Assessoria de Imprensa
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