Meu nome é Leandra, moro em Taubaté, sou técnica de enfermagem, cursando 2º ano da faculdade de Enfermagem, eu trabalhava na UTI quando comecei a sentir em dias frios meus dedos amortecidos, e em um dia de chuva, meus dedos das mãos ficaram amortecidos, e arroxeados. Então tomei um banho bem quente e a melhora foi bem rápida. Essas reações acontecem quando as extremidades são expostas ao frio, procurei um reumatologista e realizei muitos exames laboratoriais, então obtive o diagnóstico de Vasculite Reumatoide, o que faz a Síndrome de Raynaud ser secundária, não tem cura, porém há tratamento, sou medicada com hidroxicloroquina 400mg, nifedipina 10 mg,(todos os dias 1x), e metotrexato 2,5 mg,5 comprimidos uma vez por semana, devido as dores nas articulações, faço novos exames de 3 em 3 meses, com retorno ao médico.
O Estado fornece os medicamentos, após a documentação ser aprovada pela auditoria, as vezes ocorre demora no mesmo, então preciso comprar. No inicio foi bem difícil, você entender que as coisas na sua vida mudaram, e que agora você tem que se adaptar a conviver com as restrições, sou cristã, busquei e encontrei auxilio em Deus, no frio uso luvas de lã constantemente, o que me diferencia das outras pessoas. Fui transferida da UTI para a Clinica médica devido as restrições a serem cumpridas, encontrei apoio e humanidade em alguns colegas, porém infelizmente encontrei alguns no caminho fora desses padrões. Foi aí que eu entendi que o direito não socorre aquele que dorme, precisei me impor e lutar para que se cumprisse meus direitos, agradeço a Deus pela minha família que em tudo me apoia e estão juntos comigo, quando realizei um exame chamado Capilaroscopia Periungueal, a pedido do médico do trabalho, embora eu tendo o diagnóstico dado pelo meu médico, queriam esse exame para que se comprovasse realmente a Síndrome de Raynaud, somente os meus dedos cianóticos, evidentemente não era o suficiente para eles, fui então com meu marido até São Paulo, e a médica comprovou o diagnóstico, então eles me demitiram dizendo que eu não me incluía mais nas mudanças da empresa. Assinei o aviso prévio em novembro, cumprindo–o na clínica e até agora abril de 2017, não fizeram a minha homologação, fiquei sem seguro desemprego e FGTS, já dei entrada na ação no sindicato daqui mesmo e aguardo pela Justiça de Deus e dos homens. Em relação a doença é inevitável ter que aprender a conviver com ela e a entender que as pessoas se assustam quando veêm as minhas mãos roxas, por isso, além de me proteger, evita que elas se preocupem e algumas ficam realmente nervosas, é incrível quando o tempo muda, as minhas articulações já doem, pretendo terminar a faculdade e ver os caminhos que poderei seguir, afinal estamos aqui, mas não pertencemos a esse mundo, mas estando nele vamos desfrutar da viagem né? Uma das minhas frases preferidas de Paulo Freire:”Eu sou um intelectual, que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes, e é por isso que eu luto para que seja feita justiça social”. E não poderia deixar de falar sobre Jesus:Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Me chamo Leandra Amaro da Silva, tenho 41 anos, convivo com Vasculite Reumatoide e síndrome de Raynaud há 3 anos, sou técnica em enfermagem, moro em Taubaté – SP.
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