Boa noite, meu nome e Juliana, tenho 22 anos e moro em São Paulo. Resolvi publicar no grupo algo que aconteceu comigo ontem, que eu não queria dizer mas parei para pensar. Aqui muitas pessoas podem estar sentindo o que eu senti por um breve momento enquanto estava no ônibus voltando para casa ontem.
Eu sou uma pessoa vaidosa, e mesmo que raramente eu não consiga pentear os meus cabelos, peço para alguém pentear, gosto de me arrumar. E por andar sempre arrumada, as vezes não aparento estar doente, mas essa é minha válvula de escape para não ficar louca com tantas limitações.
Gente, o foco é: Nossa sociedade anda preconceituosa demais. O mantra que levo comigo é : deficiência física não é estética! Não é porque aparento estar bem, que realmente estou. As pessoas precisam de mais compaixão. Uma senhora veio me pedir lugar, somente porque sou jovem, e eu disse a ela que estava impossibilitada porque estava com dores e era portadora de deficiência física.
Ela gritou para o ônibus todo que eu não ia sair porque era deficiente. Alguém cedeu o lugar para ela, e antes dela descer me cutucou e disse : “Espero que Deus não te castigue por mentir desse jeito, e quando você estiver na minha idade não tenha sérios problemas de passar por isso.
“Senti vontade de chorar, porque as vezes me questiono, por que Deus me deu esse fardo para carregar ? Mas essa não é a pergunta que desejo fazer. Devo me perguntar, porque existem pessoas assim no mundo. Logo após o ocorrido, outro senhor entra e praticamente esfrega o cartão de idoso dele na minha cara e eu disse de forma curta e grossa: que se ele tinha direitos eu também tinha, e que caso ele quisesse chamar a polícia ou alguém, eu tinha meu laudo médico em mãos e minha consciência tranquila.
Ele se calou. E a moral é: não deixem as pessoas montarem em você. Não é assim que funciona, somos normais sim, somos seres humanos, temos direitos, temos deveres a cumprir e nossas limitações não podem ser usadas contra nós.
Não se mate para dar lugar preferencial as outras pessoas. Elas apenas se importam com elas mesmas. E o mais importante, NUNCA se sintam inferiores por terem uma doença autoimune, por precisar as vezes de que alguém cuide de você. Deus só nós dá aquilo que podemos carregar. Um beijo!
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída”, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
É simples, preencha o formulário no link http://goo.gl/UwaJQ4
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