Sempre tive uma vida extremamente ativa, trabalhava em dois empregos, estudava, praticava esportes, vôlei, caminhada, bike, hidro e malhação. Há 3 anos comecei a sentir dores, uma queimação e inchaço nos pés e nos joelhos, e os sintomas apareciam logo após uma caminhada mais que 15 minutos ou quando subia escadas. Achei que era apenas algo momentâneo, lavava os pés numa bacia com água morna, fazia massagem, passava uma pomada, descansava e logo passava.
Mas, no ano passado observei que as dores passaram a ser mais intensas nos pés, nos joelhos, até que há 8 meses começou nas mãos também. Mas achava que era cansaço normal do dia a dia, pois 15 dias antes havia feito check-up e os exames mostraram que eu estava “totalmente saudável”. (isso nos exames de rotina normal).
Dias depois, as fadigas triplicaram, a fraqueza muscular tomou conta do meu corpo, me sentia zonza, com tonturas frequentes, febres, sem forças pra andar, tomar banho, me trocar, me sentia extremamente exausta. Cada simples movimento gerava dores intensas. Acreditava que era a rotina que estava pesada demais, pois acordava às 6h e dormia à meia-noite.
Até que há 8 meses cai no chão ao me levantar da cama pela manhã, não conseguia mais me movimentar, minhas pernas e articulações travaram e ficaram rígidas. Levei um susto total! Logo, a pandemia começou e os médicos que me atenderam alegaram que se tratava de uma Chikungunya. Disseram que eu estava me expondo demais em ir ao atendimento e que era pra ficar em casa. Mas algo me dizia que havia algo errado. Não aceitei esse diagnóstico e busquei ajuda até descobrir o que eu tinha.
Nenhum ortopedista me alertou que buscasse ajuda com um reumatologista. Sofri muito, pior sem saber o que estava acontecendo comigo. Até que vi uma publicação de uma amiga que contou sua história e portadora da AR em seu instagram pessoal. Percebi que os sintomas dela eram os mesmos sintomas que eu tinha. Conversei com ela no direct e ela me orientou a marcar uma consulta com uma reumatologista.
Foi quando começamos a realização de exames específicos, inclusive de ressonância magnética e ultrassom. Há 3 meses fechamos o meu diagnóstico. Sou portadora de AR Soronegativa. Iniciei o tratamento com Vimovo, depois com Metotrexato, porém ocasionou uma hepatite medicamentosa e o medicamento teve que ser suspenso para tratar o meu fígado com uma hepatologista. Estou fazendo fisioterapia ( mãos e joelhos), e, quando estiver com o meu fígado regenerado será necessário utilizar medicamento biológico.
Achei que eu conseguiria passar por essa situação bem. Mas, infelizmente foi necessário deixar de trabalhar nos meus dois empregos que tinha (fixo e freelancer), meus estudos presenciais para me dedicar aos cuidados com minha saúde. Em casa, faço o mínimo pra cuidar de mim, me alimentar, fazer caminhadas leves, fazer acompanhamento médico, mas não tenho ainda condições de fazer as atividades que antes fazia.
Também tinha um preconceito com acompanhamento psicológico e psiquiátrico porque achava que daria conta de enfrentar tudo sozinha, sempre fui a pessoa que encorajava os outros, mas demorou pra eu entender que quem precisa de apoio agora sou eu. Iniciei meu acompanhamento com uma equipe multidisciplinar.
Faz pouco tempo que descobri que sou portadora AR. Mas, o fato de descobrir a doença e encontrar tratamento me proporcionar alívio. Eu nunca estive errada! Agora tenho como objetivo a minha remissão seguindo os tratamentos corretamente.
Não vou desistir! Quero alcançar minha remissão e auxiliar outras pessoas com informações sobre essa doença que ainda é desconhecida por muitos.
Conte com a ajuda de um profissional especializado, competente e atencioso . Tenha uma rede de apoio! Procure mais informações e orientações em sites e blogs especializados. Procure ajuda de especialistas para entender como lidar com essa nova situação a enfrentar. Procure estar com pessoas que te fazem bem.
Me chamo Talita Lim, tenho 39 anos, convivo com o diagnóstico de AR a 3 meses (após 3 anos de sintomas), sou Assessora de Comunicação e moro no Rio de Janeiro-RJ.
Dor Compartilhada é Dor Diminuída”, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
É simples, preencha o formulário no link https://www.surveymonkey.com/r/depoimentoBlogAR
Doe a sua história!
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