Hoje fazem 7 meses desde tudo que passei…Ufa venci este ano de 2018. Ano de muitas quedas e muitas vitórias. Quem me conhece sabe que tenho lúpus a 26 anos, isso claro que deste os 15 anos sentia dores, tinha manchas nas pernas e todos pensavam que era febre reumática.Tomei muita benzetacil, disseram que era artrite reumatoide por que só aumentava as dores e machas. Não conseguia escovar dentes e pentear cabelos, muitas bolhas na boca e em meu corpo impossibilitando até de comer.
Os anos passando e as dores voltaram com nódulos no pescoço. Fiz punção e graças á Deus nada de malignidade, apenas precisei tirar um nódulo em cada lado do pescoço. Fui visitar uma amiga de minha mãe no hospital e ela faleceu neste dia com uma tal de doença chamada lúpus. Até que um dia além das dores, inchaço nas juntas manchas roxas no corpo começou dificuldade até para andar.
Lembro que na hora do intervalo eu e minha amiga/irmã de anos Grazia Henedina esperávamos todos saírem para que eu pudesse me levantar de tanta dor sem quase poder andar, até que fomos novamente na médica. Ela disse que suspeitava de uma doença chamada lúpus e meu mundo então caiu. Lembrei logo da moça que havia morrido no dia da minha visita e pensei vou morrer também. Minha mãe para me proteger de tudo disse a médica que isso seria segredo entre as duas e os resultados para mim foi de artrite reumatoide.
Fui pesquisar e vi que as duas doenças eram horríveis e complicadas, rezei a Deus e perguntei? Meu Deus qual doença eu escolho pra ser? Coisas de adolescente. Vi que tudo na minha casa estava mudado, o cuidado dos meus pais comigo e que eles só choravam. Comecei a fazer um curso técnico em laboratório e informática. Arrumei um namorado, mas ainda havia uma tristeza nos olhos de minha mãe.
Resolvi ir a médica escondido e disse doutora, sou adulta e quero saber, pois a minha família está muito estranha a doença que tenho é lúpus não é? A médica disse: a adulta senta aí que vou te contar. Ela me disse o que era e que eu só tinha a estimativa de 10 anos de vida. Chorei muito, fui pra casa, disse a minha família que eu já sabia de tudo e que eles tinham que me apoiar e que ia ficar tudo bem.
E assim se passaram alguns anos. Em tempos de estresse as crises vinham e eu sentia as piores dores renais , cansaço e pernas edemaciadas. Como toda adolescente fiquei em guerra com o mundo e com Deus, não gostava de nada, acabei o namoro, meu amor Allisson Farias disse e o amor fica onde? Mostrei a ele por tudo que iria passar. Inchaço, perca de cabelo,dores,aumento de peso, talvez não poderia ter filho e ele me amaria assim mesmo?
Fui fazer uma biopsia renal e já estava em grau 3, isso em 2005 foi aí que começou as pulso terapias que me faziam passar mau, enjoar, cabelo caindo, bochechas enormes, dores mais remédios e minha agressividade e raiva do mundo só aumentavam e perguntava por que comigo?
Minha mãe me protegia pelo preconceito e não queria que contasse a ninguém, porque as vezes eu falava com outras pessoas e voltava pra casa chorando com a ignorância das pessoas pesando que minha doença era contagiosa. Um abençoado dia minha irmã Aluska Honorato e meu cunhado Rodrigo Rodrigues fizeram um convite para fazer EJC São Francisco, fui fazer, mas com raiva de Deus e conheci um irmão que seu pai havia morrido de lúpus, pronto passei o encontro só chorando e sentia muita raiva. Eu tinha uma linda semente no meu coração, minha mãe em CRISTO Suzete Lira me chamou para fazer uma visita ao HU no grupo Anjos De Luz Católico e lá percebi que tinha pessoas piores do que eu e que aquelas pessoas eram especiais levando a palavra de Deus aos doentes. A semente começou a crescer em mim, fiquei mais participativa na igreja,crisma e atividades pastorais.
Tudo isso foi me mudando e eu já não pedia a Deus para me levar e comecei a ver que o mundo era muito mais bonito e que precisava ter fé, pessoas que te amam e servir a um Deus maravilhoso. Dia 04/01 fazem 7 meses do meu novo nascimento, Deus me deu uma nova chance. Fui fazer uma pulso terapia para subir as plaquetas que estavam em 30 mil a alguns anos. Depois da medicação no quarto dia comecei a me sentir mau, sudorese, dores, inchaço, vômito, dor de barriga, até começar a ter hemorragia, tive que ser internada na emergência por que o caso era sério e não tinha vaga nos quartos.
Foi quando começou a falta de ar, não conseguia andar e minha mãe Marinete Honorato me explicou que minhas plaquetas estavam em 6.000 mil e percebi que meus parentes e amigos já estavam chegando vi que a coisa era seria mais continuei calma e perguntei a minha mãe se eu estava morrendo. O médico disse que eu precisaria ir para a UTI, e logo pensei que eu estava morrendo mesmo. Chorei muito e fui para UTI porque já estava com derrame pleural bilateral, os rins começaram a paralisar e eu estava sem tudo que precisava sódio, potássio e tudo mais.
Começaram uma mobilização na internet, para conseguir sangue para mim pois precisavam de muitas plaquetas. Minha situação era crítica eu estava morrendo. Já na UTI, começou os exames, as dores aumentaram, peguei uma infecção mais sempre rezando no meu terço nas pontas do dedo e as enfermeiras perguntando se eu estava ainda com dor. Na minha cabeça passava uma música de Reginaldo Manzotti onde dizia que a tempestade iria passar. Perguntei a enfermeira tem som ligado aqui ela disse: Não! Fiquei pensando que estava ficando doida. Algumas amigas diziam para eu ouvir o programa dele e eu comecei a escutar a pouco tempo, Lany Odenilson Medeiros. Jorgeana Alexandre e Kaliana Kely Porto.
Percebi que era Deus falando comigo, tentando me acalmar pois não é fácil ficar acorda na UTI. No 4 dia precisei sair porque chegou uma pessoa com uma infecção maior que a minha imunidade não estava boa e melhor seria ir para o quarto. Passei 28 dias com muitas dores, dor de barriga por causa do novo antibiótico, fiz muita fisioterapia respiratória e motora não dormia muito pois era remédio a toda hora via oral ou na veia, dor por causa do colchão. Foi quando minha nova médica dos rins entrou no quarto e disse menina se anime Deus te deu uma segunda chance, pensei que você só viveria 2 dias. Ela me disse, faça um esforço vamos comer, fazer fisioterapia e se animar pois Deus te deu a vida novamente. Então me animei obedeci tudo e estou aqui.
Não foi fácil chorei, orei, tive fé, sorrir e graças a Deus a minha família, amigos e irmaõs Aluska Honorato,Thiago Honorato Lima, Bruno, Fernanda Figueiredo, Cynthia Nobrega estou aqui contando esse testemunho para honra e gloria de Deus.
Quero que saibam que não vai ser fácil, mais tenham fé, se abram ao carinho dos amigos e orações, orem muito e não percam a esperança, pois no fim tudo vai dá certo.
E hoje estou me sentindo abençoada demais, terminei meu curso, fiz e apresentei o TCC, minha formatura está chegando e só quero dizer muito obrigada para todos que oraram por mim me doaram sangue, partilharam me deram uma palavra de carinho, sou muito grata.
A vida vale a pena,lute por ela,lute por você.
Meu nome é Danielly Honorato.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída”, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
É simples, basta preencher o formulário no link 👉http://goo.gl/UwaJQ4
Doe a sua história!❤️
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