Desde a adolescência eu sofria com dores nas pernas, como se tivesse corrido uma maratona, fiquei de cama muitas vezes durante o ensino médio, e relatava dores que os médicos chegaram a associar até mesmo com apendicite. Dos 17 até os 23 anos foi assim. Até a pandemia, ano passado, onde eu trabalhando arduamente na linha de frente.
Comecei a sentir uma dor intensa nos pés ao levantar, e começou a progredir com dores nos pulsos, como estávamos atendendo sempre os pacientes, eu me medicava com intravenosos como bextra e tramal, que aliviava a dor momentaneamente. Cheguei nesse período a ir a um ortopedista e um fisioterapeuta, e muitos pronto socorros, mas nenhuma resposta. Uma das vezes, uma médica plantonista pediu para que eu fosse a um reumatologista, pois eu tinha perfil de paciente reumatológico, mas eu estava relutante, não queria aceitar.
O período de sintomas durou apenas 2 semanas até uma crise intensa, onde acordei toda travada e com febre, não podia me mover na cama pois todas minhas articulações estavam inflamadas, e nesse mesmo dia fui a uma reumatologista que afirmou com certeza que eu tinha a Artrite Reumatoide, apenas pelo meu estado clínico.
Saí do consultório aos prantos e enquanto fazia os exames comprobatórios, fiquei deprimida e só chorava. Isso associado ao uso de corticoides que me rendeu 10kg a mais. Quando saiu o Anti CCP, positivo, meu mundo caiu ali no consultório, chorei muito achando que eu ia ficar com nas imagens que eu havia pesquisado na internet. Mas a Dra. me consolou e disse que não era nada daquilo, que seguindo as recomendações eu viveria uma vida normal. E eu vivo. Faço uso do metotrexato apenas e não tenho sinal de atividade da doença desde então. Hoje, 1 ano depois, trabalho, estudo, faço minhas atividades normalmente e pretendo prosseguir e conquistar ainda mais.
Não pesquisem nada na internet. Não ouçam histórias de pessoas que te coloquem pra baixo. Tenham fé, sejam resiliente e se anime! Você é forte e especial. É uma característica dos pacientes reumatológicos.
Meu nome é Laiz Rayanna, tenho 24 anos, sou Técnica de Enfermagem, convivo com o diagnóstico desde o início da pandemia e moro em Belém-PA.
Dor Compartilhada é Dor Diminuída”, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
É simples, preencha o formulário no link https://forms.gle/hZjevGSMNhbGMziL9
Doe a sua história!
Descubra mais sobre Artrite Reumatoide
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.