Mude sua forma de enxergar a vida, não queira carregar o mundo todo em suas costas, aprenda a pedir ajuda! Não dói e de verdade, é bem melhor. Não desanima, a AR pode roubar um pouquinho do seu tempo, mas ela não roubou sua vida, então lute por ela. Lute por seus sonhos e por dias melhores. Não consuma alimentos industrializados, eles são um veneno para o nosso corpo, volte as raízes, valorize a natureza e coma de forma saudável, lembre-se que somos aquilo que comemos.
Meu nome é Vívia Nogueira, quando criança sentia muita dor a noite, por ser muito sapeca, subia em árvores, corria, saltava, era muito ativa. Mas o que eu sempre ouvia era que a minha dor, era do crescimento. Por dentro eu me questionava como era ruim crescer, pois isso era sinônimo de dor. Encontrei algo que me alegrava, a arte, e em tudo o que eu pegava em minhas mãos, tinha o poder de transformar e imaginar outras formas de uso e de estética.
Tive grandes desilusões, a separação dos meus pais e a grande mudança na minha rotina. Eu só tinha seis anos quando minha mãe foi embora. A vida me ensinou ser independente e nunca aceitar ajuda, mas para obter atenção era eu quem sempre ajudava. Escolhi ser professora e pense em uma pessoa que sempre amou estar no meio da criançada. Eu nasci para isto, desde o início. Sempre fui além das paredes da sala de aula e sempre instiguei meus alunos a lutarem pelos os seus sonhos, por mais difíceis que fossem.
Mas com o tempo, as dores foram aumentando e o que eu pensava que fosse o cansaço de um dia longo de trabalho, passou a ser um peso em minha vida, pois mal chegava em casa e já não podia andar, eu literalmente travava. Na vida pessoal, fui desenganada na maternidade e meu sonho de ser mãe, quase foi banido, mas depois de muita oração e súplica, tive este milagre em minha vida e depois de nove meses de repouso absoluto, meu filhinho nasceu.
Comprei um ” canguru” e acreditei que iria tirar de letra, carregar o meu filho pelas ruas da cidade, doce engano, não conseguia suportar o peso da criança e simplesmente nunca o usei. Depois de 1 ano que ele nasceu, comecei a ficar cada dia mais dolorida. Acordar pela manhã, se tornou um enorme sacrifício e chegar em casa, parecia ser impossível. Até que no final do ano letivo, quando entrei de férias, eu mal conseguia me mexer.
Era uma dor insuportável em todo o corpo, eu estava inchada nas articulações, travada e com uma sensação de imenso cansaço. Pensei que com os dias de descanso tudo isso iria passar, mas infelizmente não passou e quando retomei as aulas, simplesmente perdi os movimentos do corpo. Travei de uma forma, que fui carregada no colo pelo o meu esposo. Era uma dor que lembrava uma fratura, mas ela estava espalhada por todo corpo. Fui em um ortopedista e ele gentilmente me ouviu e me examinou, ele foi tão humano e carismático que me disse algo: que apesar de ter tido uma saga de muitos médicos, eu jamais tinha ouvido ” você deve ter artrite reumatoide”, vou encaminhá-la.
Na hora eu só perguntei, isso tem cura e ele me explicou rapidamente sobre o processo inflamatório. Eu me vi assustada e preocupada apenas com o meu filho, que era pequeno e precisava tanto de mim. A Reumato lutou para me ajudar, foram inúmeros exames de sangue, de imagem e muita conversa, até finalmente descobrirmos o que eu tinha. Eu tomei tantos remédios que já perdi a conta da maioria deles, metraxato, sulfalassazina, leflonomida, prednisona e tantos outros.
Nenhum deles faziam efeito. A cada dia que se passava, eu estava mais inflamada. Foi então que comecei a usar o biológico infliximabe, nas doses de ataque e senti uma pequena melhora, mas ainda continuava com muita dor. O corpo que eu agora carregava não era meu, não tinha relação comigo, com a minha mente, com os meus sonhos. Cheguei em um ponto de me entregar, já estava afastada do trabalho, sem perspectiva, depressiva e me sentindo mal de ter que aceitar ser cuidada pelos os outros.
Sempre fui independente. Cheguei ao extremo máximo da dor e por ser uma mulher de fé, pedi a Deus que olhasse por mim, que me ajudasse a encontrar um tratamento que efetivamente me devolvesse o brilho nos olhos e o meu largo sorriso. Ao retornar na consulta de rotina, fui surpreendida por minha médica me falando da importância de uma alimentação saudável e livre de produtos industrializados. Imagine só, meu único prazer era comer meus doces e agora até isso a AR iria me tirar.
Confesso que fiquei furiosa, mas aceitei o desafio da médica em tirar os alimentos com trigo e açúcar. Na primeira semana, eu desinchei, na sequência, procurei uma especialista em dieta anti-inflamatória e comecei a seguir a risca as suas orientações. Na segunda semana, eu já não usava moletas, tinha perdido 5 quilos e estava me sentindo bem melhor. Comecei então a me alongar e a retomar a musculação, nem eu acreditei no que estava acontecendo , mas era real, eu estava melhorando sim! Lembrei da minha oração e da promessa que eu havia feito à Deus, caso encontrasse um tratamento digno, iria ajudar outras pessoas.
Criei um grupo no face e comecei a compartilhar minhas experiências entre a AR e a alimentação saudável. Foi lindo, várias pessoas também aderiram a dieta e foi lindo poder compartilhar algo que comigo estava sendo tão mágico, cada dia era um passo mais perto para a remissão. Desde então, tenho tentado aumentar a corrente do bem, onde divulgo o meu exemplo com a junção do tratamento médico e da alimentação saudável e tenho visto que muitas vezes a AR nos impede de ver a verdade naquilo que tanto machuca.
Liberei minha mente e meu coração dos maus pensamentos e nunca estive tão forte e tão confiante, afinal, tenho o mundo inteiro a conquistar e a frase em que hoje me descreve é: Juntos somos sempre mais fortes, chega de ficar sozinha, de sentir incapaz, quando não consigo, é simples, peço ajuda, quando não quero é simples, digo apenas um belo NÃO.
Quando me magoou, rapidamente me despeço deste sentimento e assim, vou vivendo um dia de cada vez. Algo em mim mudou com a AR, sou mais grata. Antes não dava tanto valor aos momentos em família, queria ser a mais perfeita e a mais correta em tudo, hoje só quero apenas viver e seu errar, paciência, até os melhores erram, a gente concerta e tenta outra vez.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída”, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
É simples, preencha o formulário no link http://ow.ly/gGra50nFGJp
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