O objetivo deste estudo foi compreender os papéis ocupacionais de mulheres com dor crônica causada pela Artrite Reumatoide (AR) e comparar estes padrões de desempenho com os de sujeitos saudáveis. Trata-se de um estudo transversal, exploratório e comparativo. Os participantes foram divididos em 2 grupos. Para o grupo AR, foram aplicados dois instrumentos validados:
Escala Visual Analógica e as Lista de Papéis Ocupacionais, dados pessoais, clínicos e sociodemográficos. No grupo controle, foram aplicados a ficha de informações pessoais e a Lista de Papéis Ocupacionais. O grupo controle era pareado em idade e nível sociodemográfico. Participaram deste estudo 164 mulheres, sendo 82 mulheres com dor crônica e artrite reumatoide, com média de idade de 55,9 ± 11,2 anos, e 82 mulheres pareadas e sem dor crônica e sem AR.
No grupo AR, 48% das participantes perderam as atividades laborais, porém os papéis de cuidador (68%), serviços domésticos (89%), amigo (74%), membro da família (93%) e religioso (60%), se mantiveram mesmo com o processo de adoecimento. Já no Grupo controle (GC), observa-se a manutenção da maioria dos papéis ocupacionais.
Na comparação entre os grupos GAR e GC, encontrou-se diferença estatisticamente significante nos papéis de estudante, trabalhador, voluntário, amigo e passatempo/amador. Os papéis ocupacionais de mulheres com dor crônica causada pela AR são modificados pelo adoecimento e pela dor.
Quando comparadas com mulheres saudáveis, observa-se que os papéis de estudante, trabalhador, voluntário e passatempo/amador, deixam de ser realizados devido ao adoecimento. Esta influência não é dependente da intensidade da dor, já que não foi encontrada diferença entre as participantes com AR e níveis de severidade diferentes da dor.
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Fonte: Cadernos de Terapia Ocupacional
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