Meu nome é Ana Catarina, tenho 26 anos, moro em Louveira SP, tenho AR há quase 4 anos. Em 2009 comecei a sentir dores no dedo indicador da mão direita, depois de alguns exames de rotina o médico me encaminhou para passar pelo reumatologista, eu nem tinha ideia que poderia ser uma doença que mudaria meu modo de pensar, agir e mudaria até a parte física do meu corpo, meu modo de andar, de amarrar os cabelos e muitas outras coisas. Foi só quando o médico me explicou o que era a AR que foi cair a ficha, eu não aceitei de jeito nenhum, saia de cada consulta acabada, chorava muito de pensar no futuro, já estava pensando na cadeira de rodas, nas dificuldades que teria que enfrentar, nas limitações, pensava que ficaria toda torta.
Não seguia o tratamento corretamente, tomava aquele monte de remédios e parecia que nada acabava com aquela dor insuportável. Tinha dias que eu pensava que seria melhor morrer, poxa eu estava dando trabalho e preocupações para as pessoas mais importantes da minha vida, eu via nos olhos da minha mãe, irmãs, pai, marido que a dor que eu sentia era a dor deles também, nossa muito difícil, acho que o pior foi ver a pena nos olhos das pessoas, tinha gente que me tratava como incapaz, e tinham pessoas que por falta de conhecimento achavam que se tratava de frescura. Me casei no final do mesmo ano que descobri que tinha AR, mas chorava todos os dias por não conseguir cuidar da minha casa e marido. Não tinha como esquecer que estava doente, pois sentia as dores em todos os momentos e em cada movimento! Engordei, meus cabelos caíram, estava desanimada, quase desistindo!
Mas Deus me libertou dos meus preconceitos quando descobri que estava grávida, foi aí que decidi que tinha que levar a sério o meu tratamento e obedecer as recomendações do reumato, a Sara nasceu 2 anos depois que descobri a AR e salvou a minha esperança, a minha vontade de viver, é por ela hoje eu sigo o tratamento certinho e cuido de mim porque ela merece o meu melhor. É difícil sim, tem dias que as dores são muito fortes e o cansaço também. Tem dias que acordo triste, mas ver a minha filhinha dando um sorriso me lembra por quem eu devo lutar, decidi que apesar das limitações quero viver da melhor forma possível. Se engordei, vou ser a gordinha mais feliz do mundo, se nunca mais puder usar saltos, tudo bem existem sapatos baixos lindos. E conhecer pela internet pessoas que passam pelas mesmas dificuldades que eu, trocar dicas está me ajudando muito a passar pelos períodos de crise. Muito obrigada pessoal por agora fazerem parte da minha vida!
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída“, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
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Obrigada por dividir sua história….
Precisava ver que há esperança… A gordura, a impossibilidade de usar salto, a dificuldade de locomoção algumas vezes me tiram a vontade de continuar… Ainda não tenho filhos, mas seu depoimento foi a minha esperança de que dias melhores virão e devo me adaptar às gordurinhas e às sapatilhas e rasteirinhas, adaptar e respeitar meus limites…
Ana Cataria, sabe deus não nos the cruz maior que a nossa capacidade, se essa é sua crua vc vai consegui. eE Ele lhe deu um motivo mais lindo e forte para vc proceguir. Força e fé em Deus..Um grande abraço…
boa noite ana catarina! tbm sou portadora de AR.
eu lhe enviei o comvite no e-mail pra gente conversar.
seja firme e forte.
Gloria a Deus, grande passo minha amiga. Vc vai divulgando a palavra de Deus q move na sua vida diariamente. Fé e Força!