No início tive muitos receios sobre o que eu estava passando. As dores, uma mistura de problemas de saúde até ser diagnosticado passei por muitos médicos. Fiz exames sempre amparado por convênio, o que acredito que me ajudou a ter um acompanhamento rápido para doença e tratamento. Ser diagnosticado com a doença me assusta até hoje. Pela minha idade, em vários momentos busquei não acreditar que tinha o problema por medo das fases que poderei passar até a terceira idade.
Eu que sou acadêmico em fisioterapia me vi como dependente, paciente na área que escolhi para minha formação, mas graças a Deus o conhecimento que vinha adquirindo me faz me proporcionar um tratamento certo, com profissionais certos. Ser diagnosticado com a doença aos 21 anos doeu bastante e ainda doí bastante. Minha rotina que era muito agitada, empresa/faculdade/casa se tornou lenta de dias que não suporto devido à correria e o esforço que sobrecarrega meu corpo. Minha maior luta são com os dois joelhos, levantar sem tempo e precisar esperar melhorar a rigidez e o efeito dos remédios vão me ajudando durante o dia. No início me frustrou muito, acompanho o blog, vejo vários relatos e resolvi diminuir a dor compartilhando, principalmente o preconceito que passo com péssimos profissionais de saúde.
Sou acompanhado em Salvador-BA e por ser capital o convênio me oferece um conforto maior lá, mas são consultas e exames, na minha cidade utilizo em casos de emergência, pois preciso de atendimento aqui por conta do deslocamento a salvador, que se inviável e infelizmente passo por hospitais com enfermeiros principalmente, que me tratam como se estivesse mentindo sobre meu problema ou se tivesse apenas em busca de atestados médicos para me ausentar do trabalho como desculpa. Já cheguei a ouvir de médicos “nossa segunda vez na mesma semana” ou contar a quantidade de entradas que dei no período de inverno e me informar antes do atendimento que não poderiam me dar mais atestado por já ter pego dentro de dois meses sete, sem nem ouvir minha real queixa e nesse dia era a intolerância a lactose. Por não apresentar inchaço local, somente a dor de não poderem me ajudar ou mesmo me receitar dorflex apenas, sem nenhuma análise. O que mais me deixa chateado são situações como essa, além da convivência com a dor diária passar por profissionais mau formados que não me levam a sério quadros de dor mais intensa.
Não sei se vocês já passaram por situações assim, mas são como socos no estômago, além da dor de todo dia lidar com o preconceito da doença por profissionais da área de saúde, machuca muito mais, quando na rua, trabalho, faculdade me perguntam sobre o que tenho, se estou bem, eu reflito e respondo que sim, um dia de cada vez, e sempre tenho que explicar sobre a enfermidade, mas algo que me acostumei e peço sempre para que não me tratem diferente, nem com sentimento de pena. Hoje resolvi enviar esse relato sobre o preconceito que passo por conta da minha idade e problema, por ser o dia 12 de outubro dia da conscientização da artrite reumatoide, abraço a todos!
Me chamo Alex Cerqueira de Jesus, tenho 21 anos, convivo com a artrite reumatoide há 2 anos, sou supervisor de operações, moro em Feira de Santana – BA.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída“, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
www.artritereumatoide.blog.br/
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