Recebi o diagnóstico de AR com 24 anos de idade, mas tenho certeza de que desde meus 10 anos já tinha a doença, eu vivia com punhos e tornozelos enfaixados e direto fazendo raio – x nos hospitais, mas nunca ninguém pediu exames específicos. Aos 18 anos fui diagnosticada com um problema na coluna e fiz uma espondilolistese da L5 /S1. Com 25 anos minhas dores eram enormes, pés e mãos inchados, vermelhão, rigidez matinal que impressionava.
Procurei um reumato que diagnosticou a doença, comecei tomando sais de ouro e cloroquina, depois passei por metotrexato e cortisona, já fiz 2 anos de remicade( foi uma benção em minha vida) mas após dois anos tive que sair do programa da Sta Casa, e aí começou meu martírio, fiz uma artroscopia no joelho e depois colocação de prótese, prótese no ombro direito, prótese no quadril esquerdo ( foram 2 cirurgias pois após 1 ano tive infecção no quadril), colocação de parafusos no pé direito, uma artrodese na mão direita, hoje faço uso de metotrexato, calcort, Leflunomida.
Hoje as dores são menores, mas constantes, não há um dia sequer que eu não tenho dores, sempre me receitaram ansiolítico, mas nunca usei, sempre achei que se tomasse um eu ficaria deitada e largada pela cama. Hoje faço trabalhos sociais e levo minhas dores para onde vou afinal sou eu que a tenho e não o inverso. É difícil, minhas cicatrizes são meu orgulho, quando olho para elas vejo o quanto eu tive que ser forte para suportá-las. Sou muito bem humorada, ganhei um limiar de dor que me impressiona e uso isso como escudo para seguir em frente. Descobri de quebra um problema congênito de estreitamento do túnel do miocárdio e pressão alta, com isso mais três medicamentos foram introduzidos na minha relação de medicamentos. Enfim, hoje tomo todos os dias religiosamente sem poder escapar um dia, pois quando isso acontece eu pioro. Assim vou vivendo feliz e sempre com a esperança de que um dia a cura virá para as próximas gerações.
Me chamo Siomara Rosa Pereira Furtado, tenho 55 anos, convivo com a artrite reumatoide há 23 anos, Moro em São Vicente – SP.
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