Muita gente associa dor no joelho ao envelhecimento. E, sim, ossos, articulações e músculos sofrem mudanças naturais com o tempo. Mas não é exclusividade dos mais velhos: corredores, praticantes ocasionais de esportes e até quem passa muito tempo sentado também entram para o time dos que reclamam desse incômodo.
O joelho é a maior articulação do corpo humano e funciona como uma engrenagem complexa, feita para suportar impacto, permitir movimento e manter equilíbrio. Dentro dele existe até uma almofada natural de cartilagem — o menisco — que reduz atrito e absorve choques. Quando alguma peça dessa máquina dá sinais de desgaste ou sofre lesão, a dor aparece.
Tipos de dor: quando a a engrenagem falha
As dores no joelho podem ter duas grandes origens. A traumática, que surge após uma queda ou pancada, é comum em esportes e atividades físicas. Já a degenerativa envolve processos mais lentos, como o avanço da artrose. Mas há ainda outros gatilhos: inflamações provocadas por doenças autoimunes (artrite reumatoide, espondiloartrite, lúpus), uso excessivo da articulação, desalinhamento dos ossos ou sobrepeso.
As lesões mais comuns
Ligamento cruzado anterior (LCA): conhecido como “lesão do atleta”, costuma acontecer em traumas durante o esporte. Esse ligamento em forma de X, no centro do joelho, é crucial para o controle dos movimentos. A lesão pode levar ao rompimento do menisco e, com o tempo, se não tratado, pode evoluir para artrose. Mulheres são as mais atingidas.
Menisco: cada joelho tem duas dessas cartilagens amortecedoras, e o menisco medial (o de dentro) é o mais vulnerável –o outro é lateral. Rotação brusca em esportes de impacto ou falta de preparo físico estão entre as principais causas. Por isso, sedentários e atletas de fim de semana são alvos frequentes.
Ligamento colateral medial: ele estabiliza a parte interna do joelho. Uma torção brusca para fora — comum no futebol — pode gerar lesão.
Tendinites: quando os tendões inflamam, o joelho reclama. O “joelho de saltador” (tendinite patelar) nasce da repetição de saltos, enquanto a tendinite da pata de ganso (na parte interna do joelho) aparece com excesso de corrida ou certas posturas de ioga.
Artrose (artrite degenerativa): o desgaste da cartilagem leva a inflamação, rigidez e perda da mobilidade.
Artrite reumatoide: doença autoimune que faz o corpo atacar suas próprias articulações. Afeta não só joelhos, mas também mãos e pés, provocando dor e inchaço. Pode aparecer em qualquer idade, e é mais comum em mulheres.
Síndrome da dor patelofemoral (o “joelho do corredor”): acontece quando a patela não distribui bem a força sobre a cartilagem. O resultado é dor ao subir escadas, correr ou pular, especialmente em quem tem sobrepeso ou pratica exercícios em excesso.
E o tratamento?
Descobrir a causa é o primeiro passo. Depois, entram em cena medicamentos, fisioterapia e ajustes de rotina — como fortalecer músculos e corrigir postura. Cirurgia só entra no jogo quando nada disso resolve.
Fonte: Viver Bem-UOL
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