Aos dois anos de vida comecei a ter febres e sentir dores, segundo os meus pais eu chorava muito. Depois de muitos exames de sangue fui a diagnóstica com Artrite Reumatoide Juvenil. Fiz tratamentos, tomei medicamentos, mas parei de andar aos 3 anos de vida. Depois de algum tempo o médico disse que a doença estava estacionada e eu precisava só fazer fisioterapia para sempre.
Fiz durante um tempo em uma clínica pública que fechou meses depois. E por não ter como pagar uma particular e dificuldade de transporte eu há anos não faço fisioterapia. A doença limitou meus movimentos, afetou meu crescimento e causou deformidades em minhas mãos.
A infância foi difícil, não poder correr e pular como os outros era chato, mas a adolescência foi mais complicado pois não podia sair como os outros e por ser cadeirante é não ter um corpo bonito os rapazes não me olhavam.
Sempre fui muito tímida, talvez por vergonha de mim mesma, e não conseguia me enturmar na sala de aula, por tanto não fiz amigos. A maioria das pessoas eram cuidadosas e carinhosa comigo, mas eu mal falava, por conta da timidez e assim era difícil fazer amizade.
Deixei minha família me convencer que eu era incapacitada de muita coisa e com isso não vivi o que deveria ter vivido. Foi sempre muito medrosa e desconfiada. Após os 35 anos comecei a me olhar de outra maneira, passei a me amar e me aceitar. Hoje já sou mais falante fora de casa. Já não tenho vergonha de me mostrar. Me amo, me aceito e me respeito.
As dores ainda incomodam vez ou outra, principalmente em época de frio. Fazem 36 anos que não faço acompanhamento médico, mas estou para me consultar novamente com um reumatologista e ver como está a artrite reumatoide.
Meu nome é Irene Facundo.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída”, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
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