Em meados de 2016 tive uma intensa queda de cabelo que me levou a procurar uma dermatologista. Ela me passou vários exames, dentre eles, o FAN, que veio alterado. A dermato me recomendou procurar um reumatologista e assim o fiz, mas como não tinha nenhum sintoma além da queda de cabelo que estava sendo tratada pela dermatologista, o reumato me disse que eu não deveria me preocupar porque o FAN sozinho não fecha nenhum diagnóstico.
No início de 2019, comecei a apresentar uma intensa coceira e manchas que não tinham um padrão. Ora eram pequenas, ora eram um pouco maiores, outras vezes até apareciam “bolinhas”. Eu ia na emergência, tomava vários antialérgicos e nada fazia melhorar. Fiz um tratamento de uma semana com corticoide. Parando com a medicação, os sintomas voltaram. A dermatologista fez uma biópsia que veio com um resultado inconclusivo.
E assim eu seguia: sofrendo com a coceira insuportável que me tirava o sono, me atrapalhava no trabalho, me prejudicava em todas as minhas atividades. Perdi as contas de quantas vezes fui à emergência, onde os médicos afirmavam se tratar de uma alergia e meu sofrimento só aumentava. Fiz vários exames que vinham sempre alterados mas nenhum diagnóstico era fechado, segundo os médicos, era tudo muito inespecífico.
Passei por alguns reumatologistas, hematologista. Até que um reumatologista começou a tratar empiricamente com doses baixas de corticoide e antimalárico, com suspeita de Lúpus, tal tratamento não impedia de as manchas e a coceira aparecerem com frequência. Até que em junho de 2020, com uma cirurgia bariátrica agendada, eu comecei a apresentar dor de garganta, muitas dores nas articulações, além das manchas bem fortes e febre.
Fiquei internada por 11 dias, onde passei por avaliação de reumatologista, imunologista, dermatologista, e os médicos não conseguiam fechar o diagnóstico. Exames como VHS, LDH e PCR estavam muito alterados. Foi quando pedi para a médica que estava me acompanhando me liberar para que eu pudesse procurar um especialista com os exames que tinha feito durante a internação. E assim eu fiz. Graças a Deus eu encontrei uma reumatologista muito experiente que conseguiu, na primeira consulta, com exames que eu levei da internação, fechar o diagnóstico: Doença de Still.
Graças a Deus eu não cheguei a operar, pois algo pior poderia ter acontecido, devido à intensa atividade inflamatória pela qual eu estava passando. Comecei o tratamento com altas doses de prednisolona e Metotrexato injetável (comprimidos não estavam fazendo efeito). As dores sumiram, a febre também. Sigo com os exames marcadores de inflamação alterados, mas creio que estou no caminho da remissão. Deus tem me sustentado mesmo em meio aos momentos difíceis.
Hoje sofro com os efeitos colaterais do corticoide, mas sigo crendo que Ele não nos dá um fardo maior do que aquele que podemos suportar. Não reclamo. Agradeço e confio. Desejo força a todos aqueles que estão passando por algo parecido. ❤️
Devemos crer que Deus não nos dá um fardo maior do que podemos suportar.
Meu nome é Paulinha, tenho 25 anos, convivo com o diagnóstico da Doença do Still a 4 meses, sou Técnica em enfermagem e moro em São Gonçalo-RJ.
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