O Fator Reumatoide (FR), descrito inicialmente por Waller e Rose em 1940, é um anticorpo dirigido contra a porção Fc de uma imunoglobulina, geralmente, IgG. Este exame é usado principalmente para o diagnóstico e previsão prognóstica da Artrite Reumatoide (AR). Lembrando que a sua ausência não exclui a possibilidade de Artrite Reumatoide, na verdade há um subgrupo de pacientes que este exame ou outros anticorpos para AR são negativos.
Contudo há uma série de outras doenças reumáticas que também podem apresentar o FR, como:
> Artrite Reumatoide – 26 a 90%
> Síndrome de Sjögren – 75 a 95%
> Doença Mista do Tecido Conjuntivo – 50 a 60%
> Crioglobulinemia mista (tipos II e III) – 40 a 100%
> Lúpus eritematoso sistêmico – 15 a 35%
> Polimiosite ou dermatomiosite – 5 a 10%
O teste FR positivo também é encontrado em uma série de doenças não-reumáticas. Dentre as doenças infecciosas agudas ou crônicas, temos endocardite infecciosa, infecção pelo vírus da hepatite B ou C. As doenças pulmonares inflamatórias ou fibrosantes também podem positivar o exame, cirrose biliar primária e até malignidades, particularmente a neoplasia de Células B.
Quer dizer que ter FR positivo significa que o paciente tem AR ou outra doença então? Não necessariamente.
Em até 4% dos indivíduos jovens e saudáveis foram encontrados FR sem nenhuma correlação clínica. E quando mais idoso, maior a chance de o FR ficar positivo, podendo chegar até 25% da população geriátrica.
Por todas essas particularidades, o reumatologista só solicita este exame quando há uma relevância diagnóstica ou prognóstica. A solicitação isolada pode causar muita ansiedade ao paciente até que consiga esclarecer dúvidas com seu médico.
Médico Reumatologista
CRM.PR 33732
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