Palestra sobre as espondiloartrites – artrite psoriásica e espondilite anquilosante apresentada pelo Dr. Flávio Calil Petean, médico reumatologista doutor e professor de imunologia clínica do Hospital das Clínicas da USP de Ribeirão Preto. Apresentada durante o 2º EncEA.
Palestrante: Dr. Flávio Calil Petean
Tema: Espondilite anquilosante, artrite psoriásica e uveíte
Link: https://www.facebook.com/BlogArtriteReumatoide/videos/1412139685513093/
“Poder falar para quem passa por todos esses problemas é muito mais importante para nós [médicos], porque trabalhamos justamente para oferecer o melhor da vida para vocês”, explicou.
A palestra começou com um panorama sobre os conceito das Espondiloartrite (EpA), que estão nas Espondiloartrite Juvenil, EpA Indiferenciada, Espondilite Anquilosante, Artrite Psoriásica, Artrite Associada a Doença de Crohn ou Colite Ulcerativa,Artrite Reativa e Uveíte Anterior Aguda.
Doutor Flávio elencou algumas classificações da Artrite Psoriásica, para facilitar diagnósticos. Entre elas estão o fator familiar hereditário, as depressões nos puntiformes, onicólise e hiperceratose; fator reumatoide negativo; inflamação total de um dedo ou sua totalidade, história de dactilite e evidências rediológicas, neuroformação óssea justa-articular e ossificação bem definida próxima às margens articulares à radiografia simples de mãos e pés.
Na palestra foram explicadas algumas das classificações com mais profundidade, entre elas as Entesite e Dactilite.
Nas Entesite, conforme explicou Dr. Flavio, são relatadas em 35-50% dos pacientes com AP (Artrite Psoriásica). As Entesite são inflamações de tendões, ligamentos, cápsulas articulares ou locais de inserções da fáscia no osso, sendo uma característica diferencial da AP. Já na Dactilite um edema de todo um dedo tornando-o dolorido, e que representa uma combinação de tenossinovite, entesite e sinovite, relatada em 30-50% dos pacientes com AP.
“Importante salientar que os pacientes com AP (Artrite Psoriásica) têm um curso de doença e prognóstico variável, com pelo menos 20% dos pacientes apresentando uma forma grave rapidamente destrutiva, com deformidades, dano radiográfico e incapacidade funcional.
Cada vez mais os médicos estão valorizando essas questões da Entesite, pois mesmo quando se acha que as inflamações podem ser parecidas com a artrite rematóide, na verdade, são as êntese que aparecem primeiro. Esses diagnósticos podem ser identificados com ultrassom e ressonância magnética.
Doutor Flávio ainda comentou que essas doenças acometem pessoas que tem um território genético propício, junto ao fator do ambiente, que provavelmente pode vir de alguma bactéria.
“Somando essas duas coisas, muitas vezes vocês vão ver que o agente desencadeante dessas doenças é o estresse. Eu conheci uma médica, Dra. Bárbara, que tinha um hospital especializado em artrites, em uma pequena cidade perto de Londres, Inglaterra, e em 1999 ela publicou um trabalho realizado em seu hospital, onde mostrou que em 100% das pessoas acometidas por essas doenças todas tiveram um trauma emocional que, tanto pode ter desencadeado a doença, ou ainda a agravado”, disse o médico.
Ele completa dizendo ainda que, “estar com a cabeça boa e tentar ficar bem é muito importante. E os nossos blogueiros que estão conosco aqui prestam um serviço incrível de apoio, e isso com certeza ajuda no tratamento dos pacientes”.
Tratamentos Artrite Psoriásica e Diretrizes do GRAPPA (Group for Research and Assessment of Psoriasis and Psoriatic Arthritis), organização internacional com objetivo educacional, científico e sem fins lucrativos, que promove a cooperação de diversas disciplinas médicas
Artrite Periférica
Terapia: AINHs; Esteróides, IA; DMARD (MTX, CsA; SSZ; FEF) e Biológicos (Anti-TNF).
Doença Cultânea e Ungueal
Terapia: Tópicos; PUVA/UVB; Sistêmicos (MTX, CsA) e Biológicos (Anti-TNF).
Doença Axial
Terapia: AINHs; Fisioterapia e Biológicos (Anti-TNF).
Dictilite
AINHs; Injeção de Esteróides; e Biológicos (Anti-TNF).
Entesite
AINHs; Injeção de Esteróides; e Biológicos (Anti-TNF).
A medicina evoluiu muito ao longo dos anos, e é possível o médico fazer combinações dessas drogas para melhor atender o paciente. Mesmo ainda não tendo uma droga ideal para todos os casos, ele frisa que é necessário que o médico reavalie a terapia e toxidade em cada paciente.
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