A cobertura vacinal em crianças e adultos está em queda significativa no Brasil. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, a taxa de imunização passou de 102,3% em 2011 para 90,5% em 2019. O número está abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 95%.
O calendário nacional de vacinação do Ministério da Saúde contempla não só as crianças, mas também adolescentes, adultos, idosos e gestantes. Ao todo, são disponibilizadas gratuitamente cerca de dezenove vacinas para doenças como meningite, pneumonia, coqueluche, gripe, sarampo e tétano. A imunização começa nos recém-nascidos, passa pela adolescência e se estende para a vida adulta.
Vacinação na infância
Na infância, é importante que crianças de até dez anos recebam o primeiro grupo de vacinas e as doses de reforço para evitar doenças, uma vez que estão com sistema imunológico em desenvolvimento. Wilma Hossaka, pediatra da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, explica que as vacinas são altamente seguras e que impedir a imunização pode ocasionar um enorme problema de saúde pública, como a volta de doenças já erradicadas e graves epidemias.
“Vacinas são seguras e de alta eficácia e mesmo crianças alérgicas podem tomá-las”, garante a médica. Contudo, diz ela, há sempre uma necessidade de supervisão pediátrica, principalmente em casos de doenças crônicas e para orientar que os pais acompanhem o calendário vacinal e deixem as imunizações em dia.
Em todas as fases da vida
Muitas pessoas acreditam que a vacinação é exclusiva para as crianças, mas elas devem estar presentes também na vida adulta e na velhice. Uma das vacinas mais comuns entre os adultos é a da gripe. E há outras muito importantes como contra pneumonia, tétano, febre amarela e hepatite B.
Eliane Tiemi Iokote, infectologista da BP, ressalta a importância da vacinação em todas as fases da vida e chama a atenção para o fato de que algumas delas, recebidas na infância, necessitam de reforço na idade adulta.
“A imunização é necessária nas crianças porque nessa fase elas estão formando os anticorpos e em idosos também, pois as defesas do organismo diminuem nessa fase da vida”, alerta a especialista.
Na rede pública, há vacinas que são voltadas para os adultos e idosos como febre amarela, hepatite B (3 doses), dT (tétano e difteria), tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola – até 49 anos de idade). Já a vacina antipneumocócica (pneumonia) é destinada gratuitamente a alguns grupos de pessoas como, por exemplo, os portadores de doenças crônicas, explica a infectologista da BP.
Vale lembrar que também há vacinas específicas para quem vai viajar para lugares onde há surtos de doenças. Por isso, é importante verificar se há incidência de alguma doença no local a ser visitado e consultar sempre um especialista em Medicina do Viajante.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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