A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) realizou, no dia 08/03, a #Live “Atenção Primária na Saúde Suplementar: Desafios na Integração com as demais especialidades”. O evento, em formato de entrevista ao vivo, foi realizado pela ANS, em parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), no âmbito do Projeto Cuidado Integral à Saúde, desenvolvido pela reguladora em colaboração com o Institute for HealthCare Improvement (IHI), SBMFC e HAOC.
Ao abrir a #Live, o diretor-adjunto de Desenvolvimento Setorial Substituto da ANS, Pedro Vilella, destacou a relevância do encontro: “Eventos como esse fortalecem a indução na qualidade do setor e nos fazem refletir sobre a importância de incentivar o cuidado integral na saúde suplementar, especialmente no que diz respeito ao acesso à rede, à qualidade da atenção à saúde e à experiência final do usuário”.
Em seguida, o gerente de Saúde Populacional do HAOC, Leonardo Piovesan Mendonça, o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família de Comunidade (SBMFC), Marco Túlio, e o diretor Nacional do Institute for Healthcare Improvement (IHI), Fernando Faraco, enfatizaram a importância da atenção primária como um pilar estratégico da promoção da saúde integral do paciente. Após a abertura, a gerente de Estímulo à Inovação e Avaliação da Qualidade Setorial da ANS, Ana Paula Cavalcante, apresentou o Projeto Cuidado Integral à Saúde, que tem o objetivo de subsidiar a implantação de projetos-piloto em Atenção Primária à Saúde (APS) na saúde suplementar.
O professor assistente de medicina na Harvard Medical School e pesquisador em políticas de saúde, Rob Janet, participou como entrevistado e falou sobre as dificuldades e caminhos para a integração dos serviços de APS, os ambulatórios de especialidades e a internação hospitalar. Ele defendeu um modelo robusto, centrado no paciente e integrado, que ofereça um atendimento contínuo. “O paciente deve ser o centro de interesse do sistema, em que devemos basear a estrutura da APS. O atendimento baseado no paciente é aquele que garanta acesso fácil às consultas e tratamentos”. O professor ressaltou que, no modelo tradicional, normalmente, existe uma fila de espera e horários de atendimento que, muitas vezes, não são compatíveis com a disponibilidade do paciente: “Quem trabalha durante o dia, por exemplo, não pode ser assistido nesses horários, necessitando de horário estendido. Os modelos de APS devem facilitar o acesso aos seus pacientes”.
Para Janet, a implantação e manutenção de uma APS que privilegie o paciente passa, também, pelo financiamento: “Tradicionalmente, a APS recebe menos recursos financeiros. Faz-se necessário mudar esta lógica, tendo em vista que a atenção primaria em saúde necessita da aquisição de bons equipamentos, para oferecer facilidades e, também, proporcionar equipes multidisciplinares qualificadas”. O professor destaca que há desafios a serem superados e que, para se obter um resultado satisfatório em termos econômicos, é importante focar nos indicadores de qualidade e de satisfação do paciente. Ele falou também sobre as novas tecnologias utilizadas para o aprimoramento da saúde, como a telemedicina e o teleatendimento, afirmando que é importante, desde que seja uma ferramenta que facilite o fluxo de trabalho, bem como a organização das unidades de atendimento. “Sou um grande fã de tecnologia, mas ela, por si só, não pode solucionar o problema”, finaliza.
A #Live foi transmitida pelo canal do Youtube da ANS e pode ser assistida aqui.
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