Ituiutabana foi diagnosticada com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).Filhas fizeram campanha em ruas para tratamento de Elaine.
Desde que deixou o hospital, a rotina de Elaine na casa onde mora, em Ituiutaba, conta com os cuidados dos parentes. No quarto, foi montada uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) com estrutura semelhante a de um hospital. O sobrinho Rogério Izamar afirma que todos estão se acostumando à nova rotina para acompanhar a tia em tempo integral.
“Temos balões de oxigênio, ventilador mecânico, aparelhos de pressão e aspiração. Enfim, tudo que realmente ela precisa para estar vivendo bem. Para nós, está sendo um pouco difícil, mas estamos muito satisfeitos e felizes. Como ela necessita de companhia 24h, estamos também nessa fase de adaptação”, disse.
Elaine não consegue mais falar e sua comunicação é feita através da escrita em cadernos. A respiração é feita com ajudar de aparelhos e a alimentação por meio de sondas. A secretária municipal de Saúde, Sonia Correa do Carmo, afirma que a adaptação em casa é inédita na cidade. “Nós não temos conhecimento de outro caso como este. Chegou em um ponto em que o médico autorizou que ela fosse desospitalizada”, comentou.
Dos cinco meses que Elaine ficou no Hospital São Jose, três foram na UTI. Segundo a equipe médica, essa foi a primeira vez que uma paciente diagnosticada com ELA voltou para a casa com vida. A recuperação da paciente surpreendeu até quem fez os primeiros atendimentos. “Não é muito comum uma paciente como ela conseguir ir pra casa e passar por tudo isso”, disse o médico Rodrigo Ferreira.
“Basicamente é uma doença neurodegenerativa, onde os nervos do paciente que controlam os músculos vão sendo destruídos. Uma doença que não tem medicamento que reverte essa situação. Ela é progressiva e só vai piorando”, compartilhou Ferreira.
Em julho, amigos e parentes se mobilizaram em busca de recursos para pagar o tratamento da doença. Por enquanto a doença não há cura. Contudo, no caso de Elaine, mais do que o tratamento com a medicina, a fé tem sido uma grande aliada e também um importante remédio. “Nós acreditamos que Deus tem agido a nosso favor. É um batalhão de pessoas orando para Deus agir e nós temos presenciado isso só no fato das portas que estão abrindo e pessoas que estão nos ajudando”, contou o marido de Elaine, Jamir Queiroz.
Ajuda
As filhas de Elaine, Esther e Stephânia, percorreram as ruas de Uberaba arrecadando dinheiro que possibilitasse o tratamento adequado em Uberlândia. A campanha era feita com cartazes e camisetas personalizadas e conseguiu arrecadar recursos na ajuda do tratamento.
Os familiares disseram que, mesmo com todos os aparelhos em casa, a campanha continuará. A família informou, ainda, que a arrecadação feita será utilizada para tentar outros tipos de tratamento que não são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Interessados em colaborar podem entrar em contato com a família da paciente pelo telefone (34) 9772-3124.
Fonte: G1 MG
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