Dor constante e generalizada afeta até metade dos pacientes com artrite inflamatória de diversas causas e 20% dos pacientes com artrose. Seria a doença em atividade? Humm… Meu reumatologista disse que não, checou exames e tudo… Outra doença associada? Ele investigou tudo… Seria psicológico? E mais uma vez o sentimento de não ter um diagnóstico preciso sob olhares incrédulos.
Quantos conceitos novos nos trouxe o ano de 2020: pandemia, distanciamento social e dor nociplástica! Um tipo de dor crônica assim como a dor neuropática (dos nervos) e nociceptiva (proveniente do estímulo doloroso da inflamação de tecidos, músculos e ossos). A dor nociplástica tem a fibromialgia como seu protótipo, mas também engloba a dor crônica generalizada, dor complexa regional, dores de cabeça (migrânea, tensional), faciais, visceral (pélvica, abdominal, bexiga) e musculoesquelética crônicas.
É disseminada e se associa com um ciclo vicioso de estresse emocional, fadiga, distúrbios do sono, efeitos no humor (ansiedade/depressão), disfunção cognitiva e incapacidade.
Não pode ser explicada por outros mecanismos de dor crônica, mas pode estar associada à dor nociceptiva ou neuropática.
A origem desse tipo de dor é uma sensibilização de todos os componentes do sistema nervoso central e nervos com resposta exagerada aos estímulos dolorosos externos. Participam neurônios da medula espinhal e regiões cerebrais mais profundas, tálamo e hipotálamo, responsáveis pela experiência emocional da dor. Mas porque alguns pacientes evoluem com dor nociplástica? A predisposição genética, 1/3 dos pacientes têm mais alguém na família com esse tipo de dor e gatilhos como infecção viral , eventos psicológicos e a lesão de estruturas periféricas atuam em conjunto.
Descubra mais sobre Artrite Reumatoide
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.