Certa vez acordei com um incomodo no joelho, uma dor que me impedia de dobrar a perna. Achei que fosse apenas um mau jeito. No outro dia a dor incrivelmente passou para o braço e eu novamente achei que não fosse nada. Por uma semana as dores aumentaram e a cada dia doía uma articulação diferente, cada vez mais constante, até que não levantei da cama.
Marquei uma consulta com a Reumatologista, escolhida a dedo pelo nome que era igual a de minha avó, Dra. Mariana. Ela solicitou inúmeros exames, os resultados saíram e eu sofri muito, assim como toda a minha família. Fui diagnosticada como portadora de artrite reumatoide e meu mundo acabou. Como eu poderia viver com essa doença?
Minha vida mudou completamente depois do diagnóstico. Tive que mudar todos os planos e me readaptar a nova realidade, eu sofri muito com tudo o que tive de deixar de viver pois me causaria mais dor. É difícil ser feliz com dor constante. Desejar as coisas mais simples da vida e não poder. Viver com a AR é cansativo, mas tudo depende da sua escolha e como você encara a vida.
Uma das coisas mais difíceis era ser compreendida, a maioria das pessoas não acredita na doença, no percurso que ela tem, nas travas e delimitações que ela nos oferece. A AR é uma doença complicada por que ninguém vê. Não está na cara que você é portador. Somente o portador sabe o que é conviver com ela. O tratamento é debilitante e cansativo. Tive muitos efeitos colaterais e após 1 ano de tratamento descobri que meu organismo não está reagindo positivamente, então tive mais uma crise e iniciei um tratamento complementar, se não houver melhoras vamos partir para o tratamento biológico e recomeçar mais uma vez!
O apoio da minha família foi fundamental, minha base de amor e segurança. As vezes esse cuidado foge a naturalidade, mas eu sei que é só preocupação com meu bem-estar. E eu os amo tanto por me amarem como sou. Eu descobri na Yoga e Meditação meu ponto de encontro, e através da prática vi que era possível ser feliz novamente, pois ali eu me via como um ser perfeito, repleto de amor. Comecei a enxergar a minha essência e me amei novamente. Eu aprendi a valorizar as coisas simples da vida, e me permiti ser feliz novamente e de uma forma mais plena e verdadeira. Seja forte e não desista, assuma seus medos e crie uma nova perspectiva para a sua vida. Se reencontre, reinvente, mas não deixe lutar. Busque qualidade de vida e respeite suas vontades em primeiro lugar.
Me chamo Vivian Gonzaga, tenho 29 anos, convivo com a artrite reumatoide há um ano, moro em São Bernardo do Campo – SP.
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