Todo mundo já teve a experiência de dormir mal em certa noite, e acabar pagando o preço durante todo o dia seguinte, ou mesmo durante a semana toda.
Afinal, dormir é uma das mais básicas reposições de energia com que o ser humano conta.
Ao mesmo tempo, pouca gente sabe, mas esse é mais um daqueles casos em que a diferença entre o veneno e o remédio está na dose.
Quem comprova isso é o próprio Instituto do Sono de São Paulo, com um levantamento feito durante anos de observação.
O que se verificou é que sono em excesso também pode causar alguns desequilíbrios. Algumas pessoas chegaram a dormir no instituto, ou em centro de especialidades médicas similar, como modo de fazer uma observação mais acurada.
Inclusive, a pesquisa foi embasada em uma divulgação científica asiática, que envolveu mais de 300 mil pessoas em países como:
- China;
- Japão;
- Coreia do Sul;
- Cingapura.
Essa investigação ocorreu em um arco de quase duas décadas de análise.
Portanto, trata-se de um dado robusto em termos de comprovação e de verificação empírica ou fenomenológica, que é como se diz nesse meio.
Daí nosso interesse em tratar deste assunto aqui, de maneira mais detida e esclarecedora.
Inclusive, um dos pontos interessantes dessa abordagem é que ela é do interesse de muita gente, seja quem já vinha tendo preocupações na área, como a de tomar remédio manipulado para dormir ou de quem apenas ficou curioso com a descoberta.
Deste modo, se o seu interesse mais genuíno é o de entender melhor como é possível que dormir muitas horas por dia eleva o risco de doenças e até mesmo de óbito, então basta seguir adiante na leitura, para ter uma base melhor e algumas dicas valiosas.
Por que dormir bem?
Primeiramente, é fundamental compreendermos melhor qual é a função do sono, já que dizer que ele “repõe energias” pode ser algo muito vago.
Por exemplo, isso significa desde regular o funcionamento do metabolismo e das funções neuronais mais básicas, até a reparação dos tecidos do corpo.
Basicamente, é algo que mantém não apenas a saúde do corpo, mas também da psique, o que por sua vez gera um círculo virtuoso que acaba impactando novamente no corpo, já que as duas dimensões estão intimamente ligadas.
Ademais, os benefícios são os mais diversificados possíveis. Por exemplo, às vezes recorremos a algo como uma massagem redutora de medidas, ou mesmo uma dieta, sem saber que tais efeitos dependem inteiramente do seu regime de sono.
Tanto que dormir muito menos ou muito mais do que o necessário compromete a produção de determinados hormônios, o que faria uma força contrária a qualquer tentativa de reduzir umas medidas ou brigar com a balança.
Os demais impactos positivos ainda podem incluir:
- Fortalecimento do sistema imunológico;
- Manutenção de um peso corpóreo saudável;
- Prevenção de doenças cardiovasculares;
- Redução no quadro de gripe e resfriado;
- Prevenção contra eventuais acidentes;
- Redução drástica do estresse e até de depressão;
- Melhora patente no humor e na socialização;
- Uma concentração e atenção redobradas.
Enfim, os benefícios são imensos, mas é importante observar justamente essa dimensão mais holística do sono como reparador de danos e harmonizador.
Daí o exemplo de que às vezes recorrer, por exemplo, a uma alimentação natural sem um bom sono seria um contrassenso.
Sem falar que alguns pontos listados acima remetem a questões mais importantes do que imaginamos em um primeiro momento.
Como a atenção redobrada, sendo que o seu contrário pode chegar a ser fatal em alguns casos, a depender do trabalho da pessoa.
Além dos transtornos psicológicos, a questão dos resfriados constantes também é algo que tem crescido cada vez mais, sendo que pouca gente sabe que isso pode ter relação direta com uma noite de sono mal dormida.
Quando se trata de um costume ou hábito, o risco de cronificação é ainda maior. O que significa que quadros de dores de cabeça, garganta doendo ou sintomas similares que não passam de jeito nenhum, podem estar associados a isso.
A questão do excesso
Agora vamos ao ponto mais polêmico e talvez mais interessante disso tudo, que é o fato constatado pelo levantamento do Instituto do Sono de São Paulo.
Certamente, muita gente pensava ou ainda pensa que o problema do sono está ligado apenas à privação, sem imaginar que dormir em excesso também pode causar doenças e até mesmo aumento nas taxas de mortalidade.
Mas, não é difícil imaginar isso se pensarmos em outras atividades humanas essenciais que, em excesso, também podem gerar prejuízos, como a própria alimentação ou a realização de exercícios e até de algum esporte sem o devido acompanhamento.
O mesmo vale para quem se automedica, seja com remédios manipulados ou soluções genéricas de farmácia, pois ambas pedem cuidado, receita médica, consultas clínicas ou mesmo hospitalares, acompanhamento médico e daí em diante.
No caso do sono em excesso, o que ocorre é um processo de despertares desregulado, que impacta nos ciclos naturais do sono, por incrível que pareça.
Adiante aprofundaremos sobre os ciclos, mas já vale dizer que isso causa um processo inflamatório bem lento.
Começa pela pressão arterial, depois a frequência cardíaca e daí em diante, criando esse cenário macro que acaba por redundar em prejuízos no médio e longo prazo, sobretudo quando ocorre repetição do mau costume de dormir demais.
O que é dormir demais?
Outra contribuição fundamental que esse levantamento deu foi no sentido de confirmar quais são as indicações gerais para se manter uma boa noite de sono, inclusive com base na idade e no gênero de cada ser humano.
Assim, homens que dormem abaixo de 5 horas por dia, aumentam em até 15% as chances de passar mal durante o dia, em termos de desatenção.
O mesmo vale, incrivelmente, para o aumento do risco de mortalidade, pelas questões hormonais citadas antes.
Em termos de excesso, o que temos são mais de 10 horas por dia, o que inclina para riscos semelhantes a quem dorme muito pouco, mas também em termos de doenças cardiovasculares.
Já no caso das mulheres, dormir pouco é menos de 6 horas, sendo que acima de 8 horas é o teto, podendo desenvolver os mesmos quadros do caso masculino. Com um agravante, que é o de maior risco de desenvolvimento de câncer.
Sendo assim, é claro que nem todo mundo pode ter uma cama hospitalar automatica em casa, para ter uma noite de sono confortável e perfeita.
Mas certamente é preciso ficar de olho nesses apontamentos em termos de carga horária de repouso e de sono.
Um recorte por idade
Além da questão da carga horária baseada no sexo da pessoa, também citamos que existe um recorte possível pela idade, o qual merece nossa atenção quando o assunto é o risco de dormir muito e com isso desenvolver doenças.
Os dados afirmam que o normal de bebês é dormir entre 12 horas e 16 horas por dias, sem que isso comprometa em nada o desenvolvimento da criança.
Já crianças entre três anos e dez anos de idade, têm um ponto ideal em uma carga que fica entre 9 horas e 13 horas.
Outro dado interessante é o dos idosos, seja para os que praticam fisioterapia para idosos acamados, ou quaisquer outros.
Por fim, adolescentes demandam uma carga horária média entre 8 e 10 horas de sono. Já pessoas na fase da mocidade, entre 25 e 45 anos de idade, entram nas regras do tópico anterior, conforme o gênero ou sexo de cada um.
Sobre os ciclos do sono
Entender melhor as fases ou ciclos naturais de sono também é algo que pode contribuir para uma melhor compreensão do assunto, inclusive no sentido prático de conseguir uma vida melhor e um descanso melhor.
O primeiro passo para isso é, naturalmente, preparar o ambiente. Às vezes, deixar de limpar o rosto e extrair algo como cosméticos orgânicos, ou mesmo a luz do celular que fica piscando, já bastam para comprometer o descanso.
Ademais, a primeira fase é baseada no relaxamento do cérebro, no início do repouso e na respiração que já começa a ficar mais pesada.
O sono leve, tal como ouvimos dizer, começa na segunda fase, na qual até os batimentos cardíacos já diminuem.
Na terceira fase o cérebro já está com ritmo e ondas significativamente diminuídas, e temos o sono profundo.
É na quarta fase que a tal reposição energética acontece, mas apenas na quinta o cérebro realiza todo seu trabalho de reciclagem.
Esta última também é a famosa fase REM, do sono mais pesado que existe, no qual ocorrem os sonhos, por exemplo.
Quando a pessoa não chega nessa fase ou passa tempo demais nela, aí é que começam todos os prejuízos aprofundados acima.
Conclusão
Resumindo, tratar de um assunto tão importante quanto o sono equivale a falar de qualidade de vida e até mesmo da saúde e do futuro da pessoa, seja para ter uma situação melhor ou para não expor-se ao risco de doenças e até de óbito antecipado.
Com as informações básicas e dicas práticas trazidas acima, qualquer um pode entender o fundamento científico disso, bem como o que fazer a respeito.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
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