Com o passar dos anos a limitação vai se tornando mais evidente, vai marcando presença na nossa vida. Estive em uma praia maravilhosa, com uma água azul e limpíssima onde eu podia ver o fundo do mar, seus peixinhos e moçambiques. Mas ao entrar no mar me deparei com ondas que começaram a se chocar com os meus pés, joelhos e quadris, me causando uma dor muito desagradável, onde por um momento eu esqueci todo aquele paraíso e o que me restou foi o pensamento focado na dor. Também não pude deixar de notar que ao mesmo tempo aquela água gelada em que se encontrava a praia me dava um certo alivio.
Voltei para a areia e me sentei na cadeira de praia, então comecei a fazer uma retrospectiva dos meus verões passados e me dei conta de que a cada ano que passou desde que eu tenho AR, tem sido cada vez mais limitante para mim, mas eu também não pude deixar de perceber que eu só reparo nisso no momento em que a dificuldade está na minha frente, pois de 6 anos que eu tenho a doença passei apenas 2 anos de crises o restante estive em remissão, graças ao acompanhamento médico regular e o tratamento seguido à risca conforme a orientação médica. Mesmo percebendo tudo isso e as vezes me pegando em pensamentos tristes e negativos eu ainda sim agradeço pela minha vida, pela oportunidade de estar aqui hoje contando essa historia.
Texto: Dayane Ferreira de Melo
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