Olá! Eu sou a Ana. Em 2015 tive uma ruptura no adutor (músculo da coxa), fui ao hospital e mandaram-me tomar paracetamol e andar de muletas que passava dentro de 15 dias.
Passado 15 dias deixei as muletas e a maior parte da dor já tinha passado, mas a dor ainda estava lá. Passou um ano e as dores voltaram muito mais fortes, mas desta vez a dor era desde o adutor até ao joelho. Voltei a ir ao hospital e os médicos não quiseram saber, apenas me mandaram fazer o mesmo que da última vez.
Desde então, nunca mais fui ao hospital porque já sabia que a resposta seria a mesma, então quando tinha dores o procedimento era sempre o mesmo: muletas e paracetamol durante 15 dias e rezar que as dores passassem.
Em 2017 não aguentava mais de dores e pedi à médica de família para fazer todos os exames possíveis ao joelho e à coxa, pois eu achava que aquelas dores não eram normais. Entre fazer os exames e não fazer passou mais outro ano e os resultados dos exames não tinham nada de alarmante.
2018 foi o pior ano relativamente às dores. A dor no adutor já tinha passado, mas as dores do joelho estavam piores e, para piorar ainda mais, tinha o joelho a parecer uma bola e o tornozelo a começar a doer e a inchar também. Voltei a ir às urgências e a resposta do médico surpreendeu-me: “Vieste aqui só por causa disso?”. Eu desisti de voltar às urgências.
No dia a seguir, falei com pessoas que tinham amigos a trabalhar em hospitais na parte de ortopedia. Todos me disseram que o meu problema talvez não fosse da parte da ortopedia mas sim da parte de reumatologia. Peguei no celular e fui pesquisar clínicas que tivessem essa especialidade. Encontrei várias e liguei para a que fica mais perto do local onde moro.
Ao chegar à consulta, o médico apenas põe a mão no meu joelho e diz que tenho artrite idiopática juvenil. Andei 3 anos em urgências e sempre desvalorizavam o que eu tinha e, por causa desses 3 anos, o controle da doença foi muito mais difícil e ainda hoje, em 2020, não está controlada. Hoje tenho artrite reumatoide poliarticular: joelhos, tornozelo, dedos dos pés, pulsos, dedos das mãos, cotovelos, ombro e anca.
Devemos ter muita força, informar-se o mais possível e estar sempre preparado para o que poderá vir.
Meu nome é Ana Marques, tenho 18 anos, convivo há 2 anos com o diagnóstico de Artrite Reumatoide, e moro em Guimarães – Portugal.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída”, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
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