Um dos proponentes da audiência, o deputado Heitor Férrer (PSB), ressaltou que é fundamental conscientizar a população para promover o diagnóstico precoce. O parlamentar afirmou que vai propor que seja criado um centro de referência no Estado para tratamento das doenças que foram tema do debate, assim como é feito com doenças como diabete e hipertensão, que também afetam os pacientes por toda a vida.
A deputada Fernanda Pessoa (PR), que também solicitou a audiência, enfatizou dados sobre as doenças, que atingem principalmente as mulheres, especialmente em idade produtiva. Ela ressaltou que os veículos de comunicação da Assembleia Legislativa podem colaborar para a divulgação de campanhas de conscientização e também que irá propor um projeto de indicação para que os pacientes tenham direito a transporte gratuito.
Para o deputado Capitão Wagner (PR) o aumento da expectativa de vida da população torna ainda mais fundamental o investimento em tratamentos especializados, e a falta desses especialistas é indispensável para garantir a qualidade de vida desses pacientes.
A presidente do Grupo de Apoio aos Pacientes Reumáticos do Ceará (Garce), Marta Azevedo explicou que os muitos pacientes não estão conseguindo encontrar alguns medicamentos na rede pública. Segundo ela, isso prejudica o tratamento e causa sérios danos, chegando a levar à internação e graves seqüelas. Ela pediu ainda apoio urgente para regularizar a distribuição dos remédios; para promover campanhas de conscientização da população, com a instituição do dia de atenção ao lúpus eritematoso sistêmico e à artrite reumatóide e gratuidade no transporte para portadores dessas doenças.
A presidente da Sociedade Cearense de Reumatologia, Sheila Fontenele, denunciou que há uma lei estadual que garante gratuidade do protetor solar para portadores de lúpus, mas não acontece na prática. Ela destacou que é mais caro tratar as seqüelas dos pacientes, que podem precisar de hemodiálise, amputação e internação em UTI.
“Essas pessoas são tiradas de suas atividades e deixam de trabalhar. Se mantivesse no trabalho não seria melhor para a economia?”, questionou. Sheila Fontenele também sugeriu que as leis que garantem inserção de idosos e deficientes no mercado de trabalho também incluam os portadores de lúpus eritematoso sistêmico e da artrite reumatoide.
Também estiveram presentes a promotora de Justiça de Defesa da Saúde Pública, Isabel Porto; a professora da Faculdade de Medicina da UFC, Marta Maria das Chagas; a professora da Faculdade de Medicina da UFC, Max Vitor; o chefe do Serviço de Reumatologia do Hospital César Cals, José Gerardo Araújo; e o representante da Sociedade Brasileira de Reumatologia, Francisco José Fernandes.
Fonte: http://www.al.ce.gov.br/index.php/ultimas-noticias/item/62243-22-03-2017-jm
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