A artrite reumatoide chegou super cedo para mim, aos meus 14 anos eu estava ingressando no mundo do trabalho, começando a trilhar o caminho para a realização de um sonho, já tinha tudo planejado, porém realizando um curso de menor aprendiz, fui submetida a trabalhos de peso, e no meio desse estágio surgiram fortes dores na sacroilíaca, fui em diversos médicos ortopedistas onde fui tratada desde tendinite à chegarem a dizer que tudo aquilo era algo que eu estava inventando, mandaram minha mãe me levar em um psiquiatra pois eu estava inventando dores para chamar a atenção, por diversas vezes ouvia indiretas de familiares dizendo para minha mãe parar de me apoiar, que tudo isso era preguiça para não cumprir com meus compromissos, eu que antes era uma menina esforçada e dedicada aos estudos, cheia de amigos, praticava futsal, vi minha vida mudar totalmente e o pior é que comecei mesmo a achar que tudo aquilo era coisa da minha cabeça.
Depois de 10 meses sofrendo, indo em diversos médicos, fui até um clinico geral que para minha sorte era reumatologista, ele realizou exames clínicos e felizmente ou infelizmente fui diagnosticada com Artrite Reumatoide, meu primeiro pensamento foi: Não estou louca! E logo após veio o desespero por saber que não havia cura. Comecei a pesquisar na internet o que era AR e o que causava, tive que ouvir diversas vezes que reumatismo é coisa para velho que era impossível eu ter isso. O tratamento se iniciou e perdi 12 quilos, de todos os medicamentos o que mais marcou e ainda marca é o famoso e temido Metotrexato, entrei em uma depressão profunda, onde tentei suicídio diversas vezes por não aceitar ter limitações, dependia da minha mãe até para cortar um alimento, usava muletas, precisava de ajuda para tudo, minha vida parou e atrasou meus sonhos.
Muitas vezes me culpei, outras culpei os outros, depois de 2 anos em tratamento tive a sorte de conhecer uma médica, a Dr. Mavi que iniciou um tratamento severo contra a Artrite Psoriásica hoje já não uso muletas, tenho limitações porém recalculei minhas rotas para alcançar meus sonhos, tenho uma família que tem sido meu porto seguro e a base para me sustentar em meio a diversas crises e choros, porém hoje sei que sempre temos forças maiores do que a AR e somos muito mais capazes que as demais pessoas, pois temos dores e limitações e mesmo assim continuamos na nossa jornada lutando contra algo que não escolhemos ter, porém cabe a nós escolher permanecer vencidos ou rompermos as barreiras de nossos próprios medos e obtermos a aceitação interior. Espero que meu depoimento sirva para dar forças à todos que já estão nessa jornada ou para aqueles que estão começando. Nossa força está no nosso interior e não devemos lutar contra a AR e sim aceita-la e lutar por um novo sonho, uma nova jornada cheia de esperanças e vitórias! Eu decidi aceitar e ser feliz com a AR!
Me chamo Greice Padia, convivo com a Artrite Psoriásica há 1 ano, moro em Caxias do Sul – RS.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída“, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
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