Paciente – Soube de um estudo realizado em Turim, na Itália, que relacionou baixos níveis de vitamina D nos pacientes infectados com coronavírus/COVID-19, a uma evolução mais grave. Devo realizar uma suplementação com altas doses para evitar essa infecção?
SBR – Não.
A manutenção de níveis adequados dessa vitamina, assim como de vários outros hormônios e nutrientes, é importante para o bom funcionamento de nosso sistema imunológico e várias outras funções corporais. Porém esse é mais um estudo transversal de associação que mostra uma simples relação entre baixas concentrações de vitamina D e alguma doença. Isso é muito fácil de entender, pois os mais frágeis ou mais doentes terão maior chance de ter baixos valores de diversos nutrientes que possamos medir.
Esse tipo de estudo não serve para demonstrar esse tipo de relação, entre a causa e o efeito. estudos de intervenção e placebo controlado são recomendados para demonstrar efetividade e segurança de alguma medicação. Todos os estudos de intervenção já publicados não mostraram nenhuma eficácia para mudar a evolução de qualquer doença. Os dados do estudo de Turim são meramente especulativos. Seu reumatologista se mantém atento a esses níveis e eventuais medidas necessárias à sua adequação, se for o caso.
Níveis considerados ideais de vitamina D:
- Acima de 20ng/ml* para população saudável (até 60anos)
- Entre 30 e 60 ng/ml para grupos de risco como idosos, pacientes com diagnóstico de doenças inflamatórias e autoimunes, osteoporose, fraturas ou quedas recorrentes, usuários de corticoides, entre outros.
- Acima de 100ng/ml, há temos risco de toxicidade e hipercalcemia, o que pode causar, por exemplo, arritmias ou problemas renais, como litíase renal.
A suplementação das necessidades básicas diárias pode ser necessária em populações de risco como, por exemplo, lúpicos que não podem se expor ao sol ou pacientes em uso de medicamentos que propiciam níveis baixos dessa vitamina.
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