Conviver com a artrite reumatoide não é fácil. Passar pelos episódios de dores agudas e sentir os estágios de progressão faz com que muitos pacientes desenvolvam quadros de depressão e ansiedade, como já discutimos. Porém, devemos sempre buscar soluções, ainda que pareça ser um caminho muito difícil.
Aqui, não trataremos de “respostas prontas”, que muitas vezes encontramos nas pesquisas sobre como conviver com essa doença. Para tratamentos da dor física, é possível perceber a ansiedade que se cria diante promessas de curas milagrosas ou novas receitas, que estão em fase experimental ou sequer tem validade científica.
Pode-se dizer que existe uma vantagem para a condição psicológica. Isso porque os sintomas já são explorados em longa data por profissionais da saúde e existe uma grande possibilidade de ir alternando o tratamento para cada indivíduo.
Para começar a compreender alguns pontos a serem trabalhados
- Qual é o papel da doença na sua vida?
Imagine que essa condição você irá carregar para sempre. Porém, como lidar com os prejuízos que ocorrem na sua vida?
Coloque-se sempre a frente. Você é mais que a doença. Tem uma história que independe da vida com a artrite reumatoide e é preciso resgatá-la.
Por exemplo: manter rituais que antes traziam prazer e bem-estar (estar com a família, ler, ver filmes, praticar um hobby, manter contato com amigos antigos, etc).
Isso é muito importante, visto que nossa identidade é construída pelo que passamos e deve continuar a ser construída por toda nossa vida.
- A importância de investir no “eu”
A rotina, até para quem possui uma saúde dita como satisfatória, é cheia de imprevistos e obstáculos. Porém, deve-se respeitar a situação de prioridade que corpo se encontra – isso como forma de investir no próprio eu. Dormir e comer bem, fazer os exercícios solicitados pelo médico, manter hábitos saudáveis, etc., fazem parte disso. Cuidar do corpo é primordial para uma boa saúde mental. Não apenas por evitar sofrimento físico e sim pela sensação de cuidado e pertencimento de si. Não existe ninguém que devemos tratar com mais carinho que nós mesmos.
- Saber pedir
Uma das maiores queixas de pacientes que sofrem de artrite reumatoide é a sensação de dependência. Passar para o outro a ideia de dor (algo invisível e difícil de mensurar) pode ser frustrante. Porém, é preciso compreender as próprias limitações para que, ao longo do tempo, possa ser possível trabalhar com a autonomia. Adaptação faz parte desse processo. Mas, para trabalharmos com a adaptação é necessário que se tenha a ajuda de pessoas próximas e isso necessidade de um trabalho emocional para que as relações permaneçam positivas.
- Atitude positiva (resiliência)
Estudos recentes mostram que a resiliência é uma grande aliada para a construção de melhores resultados de diversos problemas (psicológicos, orgânicos, sociais, etc). Isso porque a atitude positiva te faz ir um passo além do que normalmente iria. Está totalmente ligado com a visão de poder ir adiante, superar-se e enfrentar os desafios com a perspectiva que isso trará bons desfechos. A resiliência é mais do que muitos dizem ser “autoajuda”. É a atitude assertiva diante os problemas que podem trazer resultados que beneficiam não apenas o que precisa mudar como a auto estima.
Tenha em mente que não se entregar pode trazer muitos benefícios para todas as áreas da sua vida.
Essas foram algumas questões abordadas para o convívio com a artrite reumatoide. Ao longo do tempo traremos mais ideias para auxiliar no tratamento da saúde mental.
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Nao é fácil conviver com a A R , tem dias que da um desespero. Tomo Orencia ha três meses e o tratamento nao responde. Muito difícil !