Sou Elaine Jesus Lopes, 33 anos, casada, dois filhos, tenho AR há 6 anos diagnosticada, mas desconfio que tenho a doença a mais tempo pois sempre tive dores articulares que eram tratadas como tendinites, bursites e outras infinitas ITES. Após o nascimento do meu segundo filho, assim que retornei ao trabalho após a licença maternidade comecei a sentir dores insuportáveis por todo corpo, como sempre fiz tratamento para as várias ITES continuei a me consultar com o ortopedista habitual que após vários exames me encaminhou para a primeira Reumato, fiz diversos exames e nenhum diagnostico.
Passei por longas noites de dor em que não conseguia me virar, cobrir, levantar. Era insuportável e sem diagnostico, tomando anti depressivo e analgésico que nada adiantavam. Trabalhei assim por 3 meses, não aceitava ter que sair da empresa que eu tanto gostava de trabalhar, os médicos não me davam diagnóstico, atestado, esperança, estava me sentindo perdida. Não conseguia chegar mais no horário, não conseguia trabalhar, não vivia mais na verdade. Certo dia quando comecei a sentir dor no maxilar para morder uma bisnaguinha resolvi pedir para sair do emprego e foi o que fiz, mas isso não me ajudou muito continuava piorando.
Eu não falava muito sobre o que sentia pois nem eu entendia mas já tinha muita ajuda, não fazia nada em casa meu filho mais velho com 10 anos na época era quem me ajudava durante o dia, meu bebe saia cedo com meu esposo e ficava com a madrinha o dia todo pois era um bebê forte e eu já não conseguia pega-lo no colo, dar banho enfim eu não conseguia fazer praticamente nada.
Certo dia houve um mutirão de ajuda na minha casa, veio minha mãe para a faxina e minha tia para passar roupa, quando as duas chegaram que me viram foi um desespero total, tinha tido uma péssima noite, estava toda inchada e dolorida, foi um choque para elas que nunca tinham me visto assim pois por pior que eu estivesse no decorrer do dia eu ia desinchando as dores eram suportáveis o triste era a noite e as primeiras horas do dia.
Minha tia se lembrou de uma pessoa que poderia conseguir uma consulta no HC e imediatamente fizemos contato. Consegui a consulta em menos de uma semana, fiz tratamento lá por 6 meses e diagnosticada com Artrite Reumatoide. Cheguei a ficar feliz pois finalmente descobri o que tinha os médicos me esclareceram muita coisa, com os medicamentos já não sentia tantas dores e minha vida voltou a caminhar normalmente.
O reumatologista que me consultava depois de ter saído do HC já vinha estudando a possibilidade do tratamento com biológico, mas foi quando interrompi meus cuidados por problemas de saúde na família, eu estava bem e permaneci por um período. Ano passado entrei em uma nova crise, por conta de problemas emocionais e não levar o tratamento a risca. Desta vez eram apenas alguns pontos, tornozelo esquerdo, ombro, cotovelo e punho direito.
Bem , pelo menos eu sabia o que eu tinha e o que tinha de fazer busquei pela internet assuntos sobre AR, médicos, tratamentos etc. encontrei uma matéria sobre medicamento Biológico e o Hosp. Abreu Sodré, em julho de 2011 comecei o tratamento com Enbrel, Metotrexato que já tomava, prednisona e acido fólico, fiquei afastada por 45 dias do trabalho, após o período de estabilidade fui demitida, fiquei muito chateada mas me recuperei e pude seguir a risca o tratamento e as orientações medicas. Hoje faço o acompanhamento pelo SUS, ainda não retornei a trabalhar. Estou muito bem, conheço meus limites e respeito sigo o tratamento direitinho.
Acho que nunca contei toda essa história, graças ao ENCONTRAR, hoje consigo falar sobre a AR. É necessário fé em Deus para seguir! Beijo no coração e nunca deixem de acreditar.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída“, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
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