A voz é uma característica única de cada pessoa. É um meio essencial de se comunicar com o próximo e, por meio dela, uma série de emoções diferentes como alegria, tristeza, nervosismo e tantas outras podem ser transmitidas.
Além de condições de saúde e alterações respiratórias que podem afetar a voz, existem fatores capazes de impactar a qualidade sonora, fazendo com que muitas pessoas se sintam insatisfeitas com o som que emitem. Este é o caso de homens que possuem a voz muito aguda, mulheres com voz muito grave e até mesmo pessoas transgênero, cujas vozes podem não ser as mais almejadas por elas, de acordo com sua personalidade ou identificação.
A medicina já possui solução para esse tipo de incômodo. A insatisfação com a voz pode ser resolvida por meio da tireoplastia, uma cirurgia realizada no esqueleto laríngeo — conhecido como caixa da voz — através de pequenas incisões. Alexandre Enoki, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, explica como o procedimento funciona.
“Tireoplastias são cirurgias de laringe que abordam a cartilagem da tireoide, popularmente conhecida como pomo de Adão. Diferente de outros procedimentos feitos na laringe, nas tireoplastias não há uma manipulação direta das cordas vocais”, explica.
Tipos de tireoplastias
De acordo com o especialista, existem quatro tipos de tireoplastias: a do tipo I é indicada, principalmente, para o tratamento de pacientes com alterações da voz ou engasgos por paralisia unilateral de cordas vocais.
O tipo II é um procedimento indicado para o tratamento de pacientes com dificuldades de respirar, causado por paralisia das cordas vocais em posição fechada bilateralmente. “Atualmente, essa cirurgia está em desuso por já existirem outras que a substituem com melhor eficácia”, esclarece.
A tireoplastia do tipo III ajuda a tornar a voz mais grave, ela faz um relaxamento na frequência da voz para torná-la mais grossa, enquanto a do tipo IV tem como objetivo tornar a voz mais aguda. Nela, são realizados pontos para esticar as pregas vocais capazes de afinar o som emitido.
Glotoplastia
Dr. Enoki explica as diferenças entre a tireoplastia do tipo IV e a glotoplastia, considerada uma das técnicas cirúrgicas mais eficazes para feminilização da voz.
“Ambas têm a mesma finalidade, que é tornar a voz mais aguda. A diferença é que a tireoplastia de tipo IV é realizada na cartilagem da tireoide, por meio de uma incisão no pescoço. Já a glotoplastia atua diretamente nas cordas vocais, sem a necessidade de incisão, sendo realizada pela boca”.
Como é feita a cirurgia
A tireoplastia pode ser realizada sob anestesia geral ou mesmo local, com sedação, a depender do quadro do paciente. Trata-se de uma cirurgia realizada por meio de uma incisão no pescoço, onde, na maioria das vezes, o indivíduo deve permanecer em repouso vocal por aproximadamente sete dias.
De acordo com o médico, é comum que as pessoas que passam pelo procedimento necessitem realizar fonoterapia – técnica aplicada para trabalhar problemas na fala – como complemento do tratamento.
Apesar de sua ampla recomendação, Dr. Enoki explica que nem todas as pessoas que desejam passar pela cirurgia para mudar o timbre de voz podem se beneficiar pelo procedimento.
“Em alguns casos, os resultados podem ser muito significativos, mas há aqueles em que as alterações são muito discretas. A avaliação prévia com especialista é importante para que os pacientes fiquem cientes dos benefícios, riscos e limites de resultado da cirurgia.”
Voice Center – Centro Especializado em Laringe e Voz
Considerado há 27 anos um centro de excelência em Endoscopia Otorrinolaringológica, o Voice Center do Hospital Paulista passou, recentemente, por uma reestruturação para oferecer tratamentos específicos de laringe, com uma abordagem completa do início ao fim e uma equipe altamente especializada.
Atualmente, o espaço é responsável pela realização de procedimentos cirúrgicos delicados, que incluem microcirurgias de laringe convencional ou com laser, injeções de botox para disfonia espasmódica e os diferentes tipos de tireoplastias.
Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia
Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia, possui mais de 40 anos de tradição no atendimento especializado em ouvido, nariz e garganta e durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial.
Em localização privilegiada, a 300 metros da estação Hospital São Paulo (linha 5-Lilás) e a 800 metros da estação Santa Cruz (linha 1-Azul/linha 5-Lilás), possui 42 leitos, UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 10 salas cirúrgicas, realizando em média, mensalmente, 500 cirurgias, 7.500 consultas no ambulatório e pronto-socorro e, aproximadamente, 1.500 exames especializados.
Referência em seu segmento e com alta resolutividade, conta com um completo Centro de Medicina Diagnóstica em Otorrinolaringologia, assim como um Ambulatório de Olfato e Paladar, especializado no diagnóstico e tratamento de pacientes com perda total ou parcial dos sentidos. Dispõe de profissionais de alta capacidade oferecendo excelentes condições de suporte especializado 24 horas por dia.
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p style=”text-align: justify;”>Fonte: Assessoria de imprensa – Máquina CW
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