A lista é grande. Dentre as mais comuns podemos citar a artrite reumatoide. Todas essas doenças são apenas algumas englobadas pela definição de doença reumática. Mas claro, isso tudo você já deve saber. Afinal, quando se recebe um diagnóstico, é comum o processo de pesquisa em torno do quadro clínico e assim, uma coisa leva à outra.
Nesse caminho, especialmente no mundo virtual, nos deparamos com uma imensa quantidade de informações, grupos, depoimentos, estudos clínicos e principalmente pessoas que partilham das mesmas condições e doenças que nós vamos enfrentar ou que estamos enfrentando.
É bastante confortante pensar que existem muitas pessoas na mesma situação que a gente, não é mesmo? Por mais que o ideal fosse que isso não acontecesse e que cada menos pessoas fossem diagnosticadas com problemas de saúde sérios, ainda sim é bom saber que não estamos sós e que existem aqueles que entendem você por completo, nesse sentido.
O problema é que o processo de tratamento e de controle da doença envolve a tentativa de mantimento da rotina, ou de resgate, para que a pessoa possa estar inserida em sociedade normalmente. Ou seja, para que a vida continue. Afinal, se a alternativa é apenas o convívio com o problema de saúde, com as dores e com o desconforto, melhor que busquemos a normalidade dentro desse cenário, ao máximo possível.
Mas e quando as pessoas à nossa volta no trabalho, na faculdade ou até dentro da família não conseguem alcançar o entendimento do quão incapacitante uma doença reumática pode ser? Os rótulos começam a aparecer. “Preguiça”, “frescura”, “falta de compromisso”, “exagero” e por aí vai. Dentre tudo que muda na vida de quem enfrenta a doença, esse tipo de coisa é sem dúvidas uma das maiores dificuldades.
E então, o que fazer? Como resolver ou amenizar essas situações (já que nem sempre todos estão verdadeiramente dispostos a compreender)? O Qual Farmácia pediu para a nossa colunista de psicologia, a psicóloga cognitivo-comportamental Ádalis Bruno, para dar algumas ideias estratégicas para lidar da melhor forma possível, com o meio social incompreensivo.
- Aceitação: aceite que você tem uma doença que sim, pode te incapacitar algumas vezes. Não lute com todas as suas forças físicas e psicológicas contra algo que você não pode se livrar de uma vez por todas apenas por escolha.
- Não dê satisfações a quem não precisa: não se desculpe com colegas de trabalho, de faculdade ou familiares e outros que não têm nenhum compromisso com você. Converse com seu chefe, seus professores, seus amigos mais próximos e parentes mais íntimos. No mais, você não deve satisfação de algo que você não escolheu para si e agora se vê convivendo com, para ninguém. O importante é fazer o seu máximo respeitando seus limites.
- Se permita sem se “vitimizar”: você é o responsável por ditar o quanto você pode aguentar sem prejudicar sua saúde física e mental. É bom fazer um esforço contra as adversidades da doença, sem se entregar, mas não assuma o complexo de heroi. Isso pode te prejudicar muito e desnecessariamente. Se permita tirar uma folga quando você precisar ou pegar mais leve se você sentir que um ou outro dia está um pouco pior. Mas lembre-se, também não adianta assumir o papel de vítima da vida, do mundo e da injustiça. Afinal, você tem e terá essa doença de qualquer jeito.
- Procure o ponto de equilíbrio que te fará ser você mesmo: decida encontrar a sua paz. O ponto de equilíbrio nesses casos é o encontro do você, doente e do você, indivíduo “apesar da doença”. Você não é o seu problema de saúde, a sua doença, mas é preciso fazer amizade com o seu quadro clínico para que você seja feliz e viva normalmente.
E aí? Você já se viu em situações assim? Ter que lidar com a onda de sentimentos e causalidades das doenças reumáticas e o sentimento de incapacidade é uma luta diária. Não se esqueça disso! O Qual Farmácia passará aqui de novo no mês que vem, encontre-se com a gente e visite a nossa casa sempre que desejar!
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