O mofo é um problema recorrente em muitas residências, tanto que de acordo com um levantamento recente da área aponta que cerca de 80% dos imóveis brasileiros apresentam algum problema de infiltração.
Esse problema causa umidade e pode fazer surgir o mofo, causador de muitos problemas de saúde, principalmente para quem já tem algum tipo de dificuldade respiratória.
Durante as épocas mais quentes do ano, principalmente em períodos mais úmidos e com falta de ventilação adequada, muitos ambientes ficam suscetíveis ao mofo e ele prejudica severamente a saúde.
Esse fungo acentua problemas respiratórios e provoca reações alérgicas, pulmonares e oftalmológicas. A maioria das pessoas acredita que ele se limita a manchas que aparecem no teto e nas paredes, mas a questão vai muito além disso.
Embora o nariz seja capaz de filtrar a maioria dos microrganismos, alguns podem passar pelas barreiras e entrar em contato com o organismo. Quando isso acontece, muitos problemas começam a aparecer.
Neste artigo, vamos explicar como evitar o mofo, como ele se forma e os riscos que traz para a saúde, principalmente de quem já sofre com algum problema respiratório. Confira!
O que é mofo e como se forma?
O mofo é um fungo formado por microrganismos vivos e pode ser de vários tipos. Costuma se proliferar em ambientes úmidos, locais propícios para sua existência e seu desenvolvimento.
Trata-se de um conjunto de filamentos de células, conhecidas como hifas, que se desenvolvem pelas unidades de reprodução dos fungos, chamados de esporos. Eles se projetam por meio de manchas pretas em superfícies úmidas, como tetos e paredes.
Tanto uma residência quanto uma fábrica de chapa osb precisam manter a ventilação e a iluminação dos espaços. Isso porque quando as hifas crescem por conta dos esporos, podem causar dificuldades respiratórias.
Eles são ainda mais perigosos para indivíduos que possuem algum problema de saúde ou com baixa imunidade. Entre os problemas respiratórios que podem se agravar estão:
- Sinusite;
- Rinite;
- Bronquite;
- Asma.
Além disso, também podem desencadear quadros alérgicos em pessoas que vivem no ambiente. Algumas espécies liberam toxinas que podem chegar a provocar inflamação pulmonar, uma condição muito perigosa para crianças e idosos.
Para se ter uma ideia, aproximadamente 13% de asma crônica em crianças ocorre por conta do excesso de umidade nos imóveis. O mofo também provoca doenças na pele, como a dermatite atópica ou eczema.
Em construções muito úmidas, o mofo pode ser o causador de irritações e alergias nas membranas dos olhos, pele, nariz e garganta.
Quando os sintomas permanecem, podem levar a quadros inflamatórios que afetam o trato respiratório superior, provocando a sinusite, mas ele também pode afetar o sistema respiratório inferior, causando asma ou bronquite crônica.
Contudo, uma boa limpeza de carpete empresarial, dentre outros cuidados, podem ajudar a prevenir o surgimento desse fungo.
Prevenindo o mofo
Prevenir é o melhor remédio, principalmente quando se trata de um problema que pode desencadear consequências mais graves. Para evitar o mofo em casa ou na empresa, algumas dicas são:
1 – Secar as áreas úmidas
O mofo não se desenvolve em locais secos, portanto, ambientes úmidos precisam ser tratados imediatamente.
O acúmulo de água provocado por chuvas fortes ou vazamentos deve ser resolvido em até 48 horas. Quem passou por alguma enchente precisa trocar os tapetes, móveis e roupas de cama danificados, caso não possam secar completamente.
Até mesmo situações do dia a dia precisam de atenção, como não deixar objetos molhados pela casa e deixar o ar circular no banheiro após o banho.
Nunca deixe roupa molhada na máquina de lavar, pois o mofo se prolifera rapidamente nesse espaço. Assim que terminar de lavar, a roupa deve ser estendida em um ambiente arejado.
2 – Usar produtos antimofo
Além de alguns cuidados, como lavagem e impermeabilização de estofados, quem está construindo ou reformando deve investir em produtos resistentes ao fungo, como no caso das tintas antimofo.
Esta deve ser aplicada em áreas mais propensas a umidade, como na cozinha, banheiros, porão e lavanderia.
3 – Limpar as calhas
O mofo pode ser causado quando o telhado acumula água e começa a vazar, algo muito comum com calhas cheias ou danificadas.
Elas precisam ser limpas regularmente, além de inspecionadas em relação a qualquer tipo de dano. Observe o surgimento de manchas, após chuvas fortes, pois isso pode ser um indício de vazamento.
4 – Cuidar das plantas
As plantas são muito importantes na decoração porque ajudam a manter o ambiente mais bonito e o ar mais limpo, mas o mofo também pode surgir nos vasos.
Isso porque o solo úmido é terreno fértil para o surgimento de fungos que vão se espalhar para outras partes da residência. A higienização de estofado ajuda a evitar o mofo, da mesma forma que as plantinhas podem receber um tratamento.
Para isso, adicione um pouco de chá de ipê roxo na água utilizada para rega. O óleo do ipê roxo resiste a fungos, inclusive em florestas tropicais, e pode ser encontrado em lojas que vendem produtos naturais.
5 – Identificar áreas de risco
Embora o imóvel não possa ser 100% resistente ao mofo, existem alguns cuidados que podem aumentar sua resistência. Observe a propriedade e identifique áreas mais preocupantes, como locais que costumam inundar.
Veja se alguma janela apresenta condensação frequente, se existe mancha de umidade no teto ou algum vazamento persistente.
Para evitar que o problema se espalhe, o morador pode rasgar o carpete em um porão úmido, utilizar produtos resistentes e consertar calhas danificadas.
Independentemente da opção utilizada, é fundamental que o problema seja resolvido o quanto antes, pois além de prejudicar a saúde, pode danificar o imóvel e se tornar um problema financeiro muito maior.
6 – Garantir uma boa ventilação
A limpeza de estofados a vapor é um cuidado que pode fazer toda a diferença na manutenção do móvel, mas procure identificar algumas atividades domésticas que podem incentivar o surgimento de mofo em casa.
Cozinhar, lavar roupa e tomar banho são algumas das tarefas do dia a dia que podem umedecer o local, portanto, garanta a ventilação adequada nos espaços onde são realizados e procure mantê-los sempre secos.
Verifique aparelhos que produzem umidade, como climatizadores e desumidificadores, além de fazer todas as manutenções recomendadas pelo fabricante.
Riscos do mofo para a saúde
Muitos imóveis brasileiros podem apresentar algum tipo de problema relacionado à infiltração. Consequentemente, eles sofrem mais com umidade, fator problemático para o surgimento de mofo.
Durante sua reprodução, ele forma colônias que provocam aspecto escuro, esverdeado ou acinzentado às paredes e objetos. Quando faz isso, libera esporos que ficam suspensos no ar e são inalados pelos moradores.
A sanitização ambientes é importante para proteger a saúde de quem utiliza os espaços, pois embora o sistema respiratório possua suas defesas, alguns microrganismos conseguem chegar ao corpo.
Quando isso acontece, trazem muitos sintomas, como nariz entupido, tosse, cansaço, espirros, coriza, mal-estar e até dificuldades para respirar. Ademais, o mofo também provoca alergias, infecções e micose broncopulmonar alérgica.
Ele pode ser ainda mais grave para pessoas que sofrem com algum problema respiratório, para elas, apenas o cheiro do mofo já é suficiente para desencadear um episódio alérgico.
Dependendo do sistema imunológico do indivíduo e sua predisposição, pode desenvolver quadros mais graves, como pneumonite e hipersensibilidade.
O ideal é procurar uma lavanderia próximo para lavar as roupas, caso a cozinha ou a área de serviço estejam com algum problema grave de novo, até que seja resolvido.
Várias condições associadas a ele são muito comuns, tanto é que de acordo com um estudo realizado pelo hospital das clínicas da UFMG, 55,9% das pessoas portadoras de alguma enfermidade tiveram contato com mofo.
Doenças respiratórias crônicas podem destruir o pulmão, fazendo com que fique fibrosado e perca sua função. É a partir daí que o paciente sente muita falta de ar e precisa do auxílio de oxigênio.
Casos mais graves chegam a necessitar de transplante de pulmão. Sem contar que este fungo também pode afetar a pele e os olhos, causando conjuntivite e dermatite atópica.
Além dos cuidados com a casa, outros pontos merecem atenção, como a devida higienização de aparelho auditivo, peças de roupas, dentre outros.
Considerações finais
O mofo é um problema comum no Brasil e ele provoca muitos danos à saúde, levando pessoas aos consultórios diariamente.
Afastar-se do local e providenciar as devidas mudanças é fundamental para garantir a qualidade de vida de todos os moradores.
Para tratar os problemas mais leves, o uso de antialérgicos e corticóides costuma ser o suficiente, mas não se deve esperar a situação se agravar para tomar uma providência.
Além das pessoas, os animais também sofrem com esse problema, portanto, é fundamental evitá-lo ou corrigi-lo o quanto antes.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
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