Apesar do nome, sensação não está relacionada ao crescimento da criança
Entre 10% e 20% das crianças na faixa entre 4 e 12 anos podem sofrer da chamada dor musculoesquelética inespecífica (ou dor do crescimento, como é popularmente conhecida). Segundo o Jornal da USP, o incômodo geralmente acomete os membros inferiores e sempre é bilateral, ou seja, o paciente sente dor em ambas as pernas.
A dor é geralmente forte, descrita como uma sensação de queimação ou aperto nas pernas. Também pode se apresentar de forma aguda ou em pontadas. E apesar do nome popular, essa dor nada tem a ver com crescimento, e sequer tem uma causa definida.
“Quando a gente fala ‘dor de crescimento’, geralmente a população já imagina que essa dor é benigna e que não traz grande prejuízo à criança”, explica Hugo Rodrigues Gomes, médico do Serviço de Reumatologia Pediátrica e do Ambulatório de Dores em Membros do Centro de Reabilitação, ambos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP.
A dor, porém, pode estar relacionada com o aumento de atividades físicas durante o dia e costuma melhorar com medidas simples, como aplicação de compressa de água morna, massagem local e, em caso de dor persistente, um analgésico. Após a crise de dor, a criança é capaz de voltar à sua rotina normal, inclusive a prática de atividades físicas, sem nenhum tipo de limitação.
Quando praticada na medida certa, a atividade física pode ser um tratamento eficaz para dor. “As atividades esportivas são sempre bem-vidas e recomendadas, porém é necessário que haja um equilíbrio entre outras atividades diárias”, conta Adriana Barone, fisioterapeuta do Centro de Reabilitação e do Serviço de Reumatologia Pediátrica do HCFMRP.
A dor do crescimento pode ser confundida com outros problemas de saúde, como artrite idiopática juvenil ou doenças ósseas. Para que seja feito o diagnóstico correto, é necessário consultar um especialista e realizar uma avaliação clínica. “Vão ser feitos exames de sangue, exames de imagem, raio x, ultrassom… tudo para a gente descartar essas outras causas”, como explica o doutor Hugo Rodrigues Gomes.
Fonte: Revista Crescer.
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