Se você acorda com os músculos da sua mandíbula doloridos ou com dor de cabeça, saiba que existe grande chance de ter desenvolvido bruxismo. O hábito inconsciente de ranger os dentes enquanto dorme tem atingido as pessoas com mais frequência nos últimos dois anos. Prova disso é um estudo que apontou que sete a cada 10 brasileiros são afetados pela doença desde o início da pandemia do Coronavírus.
Algumas causas comuns estão relacionadas com o alinhamento anormal do maxilar, atividades e concentração intensa, resultado de ansiedade situacional ou sequelas envolvendo a articulação da mandíbula, como a síndrome temporomandibular.
No estudo foi identificado que o início ou o agravamento de sintomas como o apertar e ranger involuntário dos dentes foi relatado por 76% dos entrevistados ouvidos pelos pesquisadores. Não à tôa especialistas têm observado grande demanda de pacientes desenvolvendo esse hábito por conta de estresse, ansiedade, apneia do sono ou fatores genéticos.
A especialista no assunto e ortodontista Jéssica Gomes Salomão, da Orthopride de Pindamonhangaba e Caçapava, explicou que o bruxismo é uma doença multifatorial e requer um tratamento multidisciplinar. “Envolve especialistas como dentistas, médicos, fisioterapeutas e psicólogos. É preciso entender que existem dois tipos de bruxismo: o primário, que não tem uma causa específica, e o secundário, provocado por algum tipo de doença, ansiedade ou medicamento”, disse.
Segundo Jéssica, o dentista é o primeiro profissional a identificar se o paciente sofre ou não de bruxismo e avaliar se há agravamento do hábito, a necessidade do uso de uma placa miorrelaxante e a indicação do acompanhamento de um especialista em saúde mental.
“A placa precisa ser trocada a cada dois anos, e de 6 em 6 meses fazer uma visita ao dentista para verificar a higienização e adaptação da mesma. Ela é feita de acrílico ou silicone. Em casos de bruxismo de sono, o indicado é o uso noturno. Em casos de apertamento dentário, o indicado é usar de noite e durante o dia. Algumas pessoas acham que a placa só é indicada para dormir, mas é preciso avaliar individualmente a necessidade e tratamento adequado para o paciente”, disse.
Se o bruxismo não for tratado, o paciente corre o risco de desenvolver a DTM (Disfunção Temporomandibular), com dores no maxilar, cabeça e face, estalos e crepitações ao abrir e fechar a boca, músculos da mandíbula tensionados, além de zumbido no ouvido. Nesses casos, as opções de tratamento são medicações anti-inflamatórias, laserterapia, aplicação de toxina botulínica e para casos mais raros até cirurgia.
Fonte: Assessoria de imprensa.
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