Manter-se funcional, inclusive no trabalho, deve ser o desfecho clínico do tratamento de pacientes com distúrbios musculoesqueléticos, a exemplo da artrite, indica a Liga Panamericana de Associações de Reumatologia
Não é normal viver com dor. É dessa forma que a comunicadora social chilena Cecília Rodriguez, 40, alerta para um problema de saúde que tem preocupado a comunidade médica ao redor do mundo em função do número crescente de pacientes e impacto social causado. Hoje, os distúrbios musculoesqueléticos são a causa mais comum de incapacidade para o trabalho, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Caracterizados como mais de 200 quadros de dor e perda funcional, os distúrbios musculoesqueléticos atingem músculos, ligamentos, articulações, nervos, tendões e vasos sanguíneos. Para discutir os desafios (diagnóstico e o tratamento), 21 sociedades médicas da América se reuniram em Barranquilla, na Colômbia, em abril, por ocasião do Congresso da Liga Panamericana de Associações de Reumatologia (Panlar).
Foi na ocasião que Cecília Rodriguez, diagnosticada com artrite reumatoide (AR) há cinco anos, deu o seu depoimento. “A enfermidade impacta a vida em todos os níveis. Acordamos e nos acostumamos com a dor, mas às vezes a parte física não é a mais difícil de lidar, pois a situação emocional e social se deteriora. Deixamos de sair e mulheres são abandonadas pelos maridos por não poderem manter relações sexuais. Há ainda os que perguntam quais novas dores sentimos, como se estivéssemos exagerando”, diz.
Fonte: Diário do Nordeste
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