Me chamo Esamir Ribeiro Akle, tenho 51 anos, casada, tenho filhos e sou de Valinhos-SP. Fui diagnosticada com Artrite Reumatoide no início de 2014. Antes as dores iam e vinham e atingiam com mais intensidade algumas partes do meu corpo a ponto de chamá-la de ” dor andante”. Em 2011 as dores se intensificaram e depois de alguns médicos cheguei na reumatologista que acompanha e trata. Infelizmente minha A.R. É ” sorrateira” e não foi até agora detectada em nenhum exame de sangue dentre todos usados para os diversos tipos de doenças reumática. Como o quadro persistia fiz o exame específico para A.R. Positivo. Estou em tratamento com metrotexato e remédios para dor. Quando há crise entra o calcort ( pois por minha decisão não o tomo freqüentemente) e celebra. Agradeço muito as condições que tenho para tratar a doença. Continuaremos buscando a remissão. Dia 12/10 no Brasil celebramos o dia de Nossa Senhora Aparecida. Creio que Ela mesma escolheu esse dia para nos amparar e dar-nos coragem e fé para uma luta tão dolorida e prolongada.
Quais eram os seus sinais e sintomas? o que você sentia?
Dores nas articulações do organismo, seguido de inchaço. Muito cansaço, fadiga. Muitos pontos arroxeados pelo corpo. Depressão.
Você sofreu algum tipo de preconceito?
Acho que não é bem preconceito. Os familiares próximos e de toda família não suportar ouvir me falar das doenças. Na maioria das vezes consigo me calar. É muito triste… Me sinto muito solitária.
Dos primeiros sintomas até chegar o diagnóstico, quanto tempo demorou?
Bom se contar de verdade, uns 10 anos… Creiam.
Qual foi a especialidade do primeiro médico que você passou? e do médico que fechou o seu diagnostico?
Passei por clínicos gerais, ortopedistas, psiquiatras e reumatologistas. A combinação psiquiatra e reumatologista chegaram ao diagnóstico.
Quais foram os exames que ajudaram a fechar os seu diagnóstico?
O positivo foi o anti CCP.
Qual foi o seu primeiro tratamento medicamentoso?
Para a AR vem sendo com metotrexato.
Você sofreu o sofre com efeitos colaterais dos medicamentos? como convive com isso? alguma dica? como é seu dia a dia com os remédios?
Na verdade acho que está difícil aceitar o diagnóstico.Principalmente porque era uma mulher muito ativa… Agora estou freqüentemente fadigada e as dores me impedem de muitas coisas. Tenho procurado um tratamento que melhore minha qualidade de vida.
O que passou pela sua cabeça, quando o médico falou “você tem a doença”?
No momento do diagnóstico fiquei feliz pois achei que finalmente me livraria das coisas ruins que tinham tomado conta da minha vida.
Como é o seu tratamento hoje?
Com metotrexato.Quando as dores intensificam, com Celebra e Calcort. Os remédios para as dores são diversos.
A doença de alguma forma, mudou a sua vida? se mudou, conte-nos, o que mudou e como mudou?
Virou minha vida de ponta cabeça!
O que você fazia antes da doença e hoje não faz mais?
Dava aula na faculdade de Engenharia de Alimentos e na área de orgânica no ensino médio. Conseguia falar de maneira normal, não trocando ou esquecendo as palavras. Conseguia encarar qualquer desafio sem medo!
Você tem alguma dica de como ter mais qualidade de vida para compartilhar com outros pacientes? Qual é?
Rezar, Ter fé, Ler, conhecer mais sobre a doença, aulas de Pilates,caminhar e buscar tratamento para chegar a remissão da doença!
Se você pudesse melhorar alguma coisa no tratamento da sua doença no Brasil, o que mudaria?
Faria com que a doença fosse mais conhecida para termos mais grupos de apoio. Dor compartilhada é dor diminuída.
Quer falar mais alguma coisa?
Parabéns à aqueles que trabalham ajudando a todos os doentes.
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