Fui diagnosticada com artrite reumatoide juvenil aos 5 anos de idade. Meu caso é bastante parecido com as histórias que li aqui. O que me lembro do início da doença foi que estava na escola (maternal) na fila da “merenda” quando levei um empurrão e imediatamente apareceu uma dor forte no pescoço, que depois de alguns minutos enrijeceu. A noite desse dia foi terrível, tive febre acompanhada de fortes dores, rigidez e inchaço no joelho, punho, cotovelo, ombro, pé, quadril e pescoço. E assim começaram as visitas às clínicas ortopédicas e aos hospitais de Salvador-Ba.
Houveram vários diagnósticos errados, até que um reumatologista do Hospital Aliança, Drº Fernando (que não atendia criança), pediu alguns exames sanguíneos e fez o diagnóstico correto. Eu era a única paciente infantil do hospital com artrite reumatoide. O Drº Fernando acompanhou meu tratamento durante uns 3 á 4 anos á base de benzetacil, corticoides e imunossupressores, mas ele se mudou para o Rio de Janeiro e então fiquei á procura de outro profissional.
Pulava de galho em galho. Meus pais e eu não demos tanto valor ao acompanhamento dos demais médicos. Sendo assim não dava continuidade com as medicações. Passava pequenos períodos tomando remédios, fazia fisioterapia e hidroterapia, mas passava longos períodos sem tomar remédios e sem fisioterapia. Por esse motivo as articulações atrofiaram muito, ou seja, tive uma adolescência e um início da fase adulta emocionalmente muito complicada, pela dificuldade de aceitação da minha condição física.
As consequências desse descaso com o tratamento foram a artroplastia total do quadril direito e esquerdo aos 26 e 28 anos. Hoje aos 30 anos as dores estabilizaram. Convivo com as limitações e as atrofias articulares. Casei aos 26. E me separei aos 29. Atualmente estou namorando.
Enfim, aprendi com o tempo, com as dores dia sim dia não, com as angústias ao tentar superar os medos e aceitar e superar as limitações. Isso é viver. Os problemas vão aparecendo e eu vou driblando, não é fácil, mas é possível!
Meu nome é Iracema Silverio, tenho 30 anos, convivo com a artrite reumatoide juvenil há 25 anos, Moro na cidade de Lauro Freitas – BA, atualmente sou auxiliar administrativa.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída“, conte a sua históriae entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
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