A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune, crônica e progressiva, que afeta as articulações, podendo provocar desgaste ósseo, limitações físicas, dor e fadiga. Normalmente, a artrite causa inchaço doloroso que pode, eventualmente, resultar em erosão óssea e deformidade articular.
Entre as principais complicações da doença, porém, estão os impactos diretos na saúde mental.
Neste sentido, o acompanhamento psicológico e psiquiátrico é fundamental para o tratamento do quadro, conforme explica Dawton Torigoe, doutor em reumatologia pela Universidade de São Paulo (USP), em webinar promovida pela Janssen.
Saúde mental e artrite reumatoide
Entre os sintomas que a artrite reumatoide apresenta, destacam-se inchaço e vermelhidão nas articulações (especialmente nas mãos) e dificuldade para se mexer ao acordar durante pelo menos uma hora. Além disso, é caracterizada pela dor intensa que se torna crônica com o avanço da doença.
Como consequência, os sintomas da artrite acabam afetando a rotina e a saúde mental, como observado pelos pesquisadores em estudo do Instituto Ipsos – do qual Torigoe fez parte.
Ao longo do estudo, foi constatado que o afastamento das atividades sociais, a interrupção das práticas esportivas e o abalo na vida profissional são comportamentos típicos de pessoas com artrite reumatoide e que impactam negativamente sua saúde mental.
Além disso, a dor é uma realidade constante e estudos revelam que a prevalência de depressão em portadores da doença varia entre 13% e 47%, de acordo com o tamanho e as características das populações analisadas. Por isso, o acompanhamento psicológico e psiquiátrico é um dos pilares para os cuidados da artrite reumatoide – além do tratamento precoce para que a doença não alcance níveis graves.
“Existem vários estudos em que se separam dois grupos de pacientes, sendo que em um você inicia o tratamento imediatamente e em outro você retarda em algumas semanas – dando analgésicos e anti-inflamatórios (para controlar os sintomas). Quem atrasou algumas semanas tem uma evolução pior, com mais dor, mais inflamação e pode começar a cursar deformidades. Ou seja: esse atraso no tratamento realmente prejudica a evolução do paciente.”
Fonte: Minha Vida
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