Os resultados de um estudo apresentado durante o EULAR 2015 mostraram que pacientes com artrite reumatoide (AR) que fazem uso de drogas modificadoras do curso da doença (DMCDs), sintéticas ou biológicas, e têm a atividade da doença moderada tem um risco semelhante de precisar de uma cirurgia articular assim como aqueles com atividade grave da doença.
“Em alguns países, o tratamento com biológicos DMCDs destina-se apenas a pacientes com atividade grave da doença, o que exclui pacientes com AR moderada. Os resultados do estudo sugerem que não são apenas os pacientes com AR com alta atividade da doença que necessitam de um tratamento mais intensivo para reduzir o risco de uma cirurgia articular. Os pacientes com AR moderada precisam também”, afirma o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo).
Já está estabelecido que a atividade grave da doença implica em piores resultados no tratamento da AR. No entanto, muitos pacientes com AR, mesmo tratados, permanecem com baixos ou moderados níveis da doença, e seus prognósticos, especialmente no longo prazo, são menos estudados.
“Os dados do novo estudo fornecem um argumento para uma atualização sobre a atividade da doença, sugerindo novos pontos de corte que permitam que pacientes com AR com a atividade moderada possam receber um agente biológico, além das drogas modificadoras do curso da doença sintéticas”, defende o reumatologista.
Neste estudo, a cirurgia ortopédica foi usada como um marcador substituto de destruição da articulação e de falha no tratamento de pacientes com AR que permaneceram com diferentes níveis de atividade da doença durante os primeiros cinco anos, a partir do diagnóstico. “Intervenções conjuntas foram categorizadas em pacientes com níveis graves de atividade da doença (principalmente grandes próteses), nos níveis moderados (por exemplo, sinovectomias conjuntas e artroplastias de excisão do pulso / mão, pé) ou leves (cirurgia de tecidos moles, principalmente)”, conta o médico.
Um total de 2.071 pacientes foi recrutado para o estudo. Destes, 2.044 tinham pelo menos dois estados de atividade da doença registrados entre os anos 1 a 5: 21% estavam em remissão, 15% apresentavam atividade leve, 26% apresentavam atividade moderada, 21% apresentavam atividade alta moderada e 18% apresentavam atividade grave. A atividade da doença foi avaliada através do cálculo da pontuação média de cada paciente a partir do 1° ano (depois do início do tratamento) até o 5° ano da doença.
Usando um modelo estatístico controlado por inúmeros fatores, incluindo idade de início da doença, sexo, ano de recrutamento, duração dos sintomas, fator reumatoide inicial, IMC, HAQ, erosões e hemoglobina, os pacientes com os níveis de atividade baixo-moderado, alto moderado e alto apresentaram preditivos de um risco aumentado de grande cirurgia conjunta. No entanto, no que diz respeito à cirurgia intermediária, a atividade alta moderada e alta previu um risco mais elevado do que a atividade baixa moderada ou baixa.
Via:Iredo.com
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Boa noite, tenho AR há mais de 35 anos, fiz uso dos mais variados tipos de medicamentos sintéticos, dos mais antigos aos atuais. No meu dia a dia convivo com a doença e aceito as limitações que me impõe, mas achei as colocações da página um pouco tipo baixo astral. Desculpe, mas esse foi meu sentimento ao ler os comentários. Ainda não fiz uso dos biológicos infundidos hoje preconizados muito embora minha médica tenha sugerido. Levo uma vida normal, academia, caminhada, jogo tênis… naturalmente que sempre tenho uma dor lá ou aqui…já estive pior, mas penso que a cabeça da pessoa é altamente importante na evolução da doença, a minha melhorou com o seu entendimento. Poderia ser bem pior, existem males piores! E há perspectiva, em caso de necessidade de lançar mão de medicamentos mais potentes, eu estou postergando seu uso! Obrigada…portanto a perspectiva não é ruim!
Olá, Maria
Eu super respeito sua colocação, e infelizmente nem todas as pessoas conseguem ter o enfrentamento da doença que eu e você temos, eu digo, eu, pois, eu, Priscila Torres, convivo com Artrite Reumatoide há 9 anos e tenho qualidade de vida e uma vida compatível com uma pessoa que não tenha a doença, no entanto, para isso, eu investi, para que isso fosse possíve, através de mudanças de hábitos de vida e praticando atividade física, no entanto, essa não é a realidade de boa parte das pessoas que seguem este blog, por isso, sigo incansavelmente produzindo informação para promover essa mudança nas pessoas. Muito obrigado pelo colocação. Abraços. Siga nessa força. Pri.