A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória, autoimune e sem cura que afeta o sistema imunológico do ser humano. Ela ataca os tecidos saudáveis do corpo, prejudicando principalmente as articulações dos dedos das mãos e dos pés.
Não existem causas conhecidas para a presença da AR. Algumas indicações como o tabagismo, mudanças hormonais, fatores ambientais e predisposições genéticas são indícios que podem estar associados à doença.
“Uma grande parte das pessoas que sofrem da artrite reumatoide já fumaram ou foram expostas ao cigarro no passado. Outra causa conhecida são as infecções de infância, como a mononucleose. Quem já teve citomegalovirus, rubéola, ou alguém da família sofre da doença, também possui grandes chances de ter”, afirma o reumatologista Jozélio Freire de Carvalho, diretor científico da Sociedade de Reumatologia da Bahia.
Incidência
No Brasil, estima-se que aproximadamente dois milhões de pessoas sofrem de AR. Desse número, 75% são mulheres.
Segundo o professor adjunto de medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e coordenador do ambulatório de Artrite Reumatoide do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, o médico Claiton Brenol, provavelmente a AR ocorre com maior incidência no sexo feminino por fatores hormonais.
“Possivelmente esses fatores podem acarretar o desenvolvimento da artrite reumatoide. Além do mais, há relatos de que os sintomas melhoram durante a gravidez. A doença é mais prevalente entre os 35 e 45 anos, mas pode atingir pessoas de todas as idades”, informou o coordenador.
Diagnóstico
O diagnóstico da artrite reumatoide é clínico. Conforme Jozélio Freire, ao sentir dores e inchaço nas juntas do punho, nos dedos das mãos, cotovelos, joelhos, tornozelos e pés, o afetado deve procurar um profissional com urgência. Outros sintomas da doença é o aparecimento de nódulos no cotovelo, febre e emagrecimento.
“Os sintomas são bem notórios, mas o profissional pede alguns exames para identificar outros problemas de saúde. Os exames de sangue mostram se o paciente tem inflamação e pode afastar outras complicações. A suspeita já é identificada na primeira consulta e a confirmação chega após esses exames”, disse.
O professor Claiton Brenol também ressaltou que exames de imagem podem ser muito úteis para complementar o diagnóstico.
“Além disso, é essencial que o paciente detalhe todos os sintomas ao médico, como dores, inchaço das articulações, vermelhidão, rigidez matinal, nódulos sob a pele, fadiga e febre”, afirma Brenol.
Tratamento
Cada paciente responde aos tratamentos de formas diferentes. Cerca de 80% das pessoas evoluem de maneira positiva ao tratamento convencional, realizado por meio de remédios como metrotexato, sulfassalazina e leflunomida. Os outros 20% devem utilizar remédios chamados de biológicos, de última geração.
“Geralmente, a resposta ao tratamento aparece de imediato. Nas três primeiras semanas já surge efeito, mas a média para que a terapia chegue ao seu “ponto alto” é de três meses após o início. Se nesse período os remédios convencionais não fazerem efeito, deve-se iniciar o tratamento com os biológicos”, orientou o médico Jozélio Freire.
Produzidos a partir de moléculas complexas obtidas por meio de procedimentos biotecnológicos, os medicamentos biológicos podem garantir o controle da doença, e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Eles são utilizados em pessoas que já foram tratados por outros medicamentos e não obtiveram os resultados esperados.
Prevenção
A artrite reumatoide é uma doença que não tem cura. Seu tratamento é contínuo, devendo ser realizado por toda a vida.
Como não existe uma causa expecífica para a AR, prevenções que podem ser adotadas são desconhecidas. A recomendação principal dos profissionais é a não utilização do cigarro.
Fonte: Uol.com
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