O Ano Mundial Contra a Dor nas articulações será lançado oficialmente no Brasil em março pela Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED) com apoio de suas reagionais e da Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP). Diversos eventos e ações constituem o calendário da SBED com o objetivo chamar a atenção de profissionais da saúde e líderes do governo para uma ampla variedade de doenças e condições que afetam milhões de pessoas em todo o mundo.
As causas diagnósticas mais comuns das dores articulares são doenças reumáticas como artroses e artrites. Estas representam a segunda causa de gastos com auxílio-saúde segundo dados do Ministério da Saúde e afetam 12 milhões de brasileiros. Estima-se que as doenças articulares inflamatórias crônicas acometam entre 0,5% e 1% da população mundial em idade adulta,2 de maior prevalência entre mulheres na faixa etária de 30 a 40 anos. Característica que contraria o senso comum com a premissa de reumatismo ser “dor de idosos”. Esta casuística direciona as ações da SBED para este ano de combate a dor articular da população geral aos formadores de opinião.
Promover uma campanha junto à comunidade, sensibilizar o paciente, orientá-lo a busca por diagnóstico e tratamento precoce. Um dos objetivos será dar autonomia ao paciente para sua autoavaliação e auto-cuidado com o movimento articular, sem dor nem perda de função. O Ministério da Saúde orienta a busca por atendimento em casos de dor, vermelhidão e edema articular, e principalmente limitações ao movimento matinal (rigidez ou dor). Estas são apenas umas das manifestações clínicas de dores articulares. Nestes casos, inflamatórios e reumáticos, o tratamento consiste em estratégias para retardar ou estabilizar a progressão da doença reduzindo estresse, monitorando e ajustando medicação, mudança em estilo de vida, pratica de exercício, assim com prevenir comorbidades.
Sensibilizar profissionais de saúde. Além da atualização do médico e demais profissionais de saúde quanto a critérios diagnósticos e avanços no tratamento farmacológico com uso de biológicos, há uma preocupação com a funcionalidade do paciente com dor articular. Estudos brasileiros demonstram certo desinteresse no registro em prontuário de pacientes dados para acompanhamento da qualidade de vida, reabilitação e função do doente com dor articular, rigidez e limitação ao movimento. Investir no associado fornecendo ferramentas para identificar critérios de avaliação que facilitem o direcionamento da abordagem terapêutica. Desta forma, a SBED acredita minimizar – a médio longo prazo – uma parcela do impacto psico-social-econômico direto e indireto associado à problemática da dor articular.
Baixa produtividade do paciente com dor crônica é descrita extensamente na literatura científica e confirmada por dados governamentais. Dados públicos, como DATASUS permitem confirmar a prevalência de dores articulares na população brasileira. Estas dores estão associadas às elevadas taxas de absenteísmo de trabalhadores. A dor articular acomete adultos em idade produtiva. Este fator é de conhecimento – singelo – de lideres governamentais e formadores de opinião, pelo viés de algumas publicações de órgãos públicos e privados. A SBED investe na informação, por diversos canais diretos e indiretos para promover estratégias de prevenção, quebra de mitos associados à dor articular, ações para aperfeiçoar tratamentos e a produtividade no trabalho podem ser divulgadas e aplicadas ao longo deste ano se sensibilização a dor articular.
A SBED conta com a participação de sócios para sensibilizar a comunidade em geral, os profissionais de saúde e formadores de opinião para o combate a dor articular pela informação de seu diagnóstico precoce, estratégias preventivas, manejo da dor e ajuste medicamentoso e seu impacto socioeconômico. Confira nosso calendário de atividades do Ano da dor articular.
“O alívio da dor é um objetivo importante para a melhoria da
qualidade de vida e funcionamento diário em
pacientes com doenças que envolvem as articulações,
em condições agudas, tais como a gota,
bem como em condições em que a dor crônica,
muitas vezes sobrevive ao processo normal de cura”.
Prof. Dr. Rolf-Detlef Treede
Fonte: Jornal Dia a dia
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