Meu nome é Janaína, tenho 38 anos e há 3 anos convivo com a artrite reumatoide. Percebi que algo estava errado com meu corpo na época em que fazia academia, sentia dores frequentes e a sensação de estar ” travada” me incomodava muito. Imaginei que essas dores fossem resultantes de exercícios mal feitos ou incompetência do personal trainner. Pensei em processar a academia, logo mudei de ideia quando o diagnóstico foi confirmado em 2009, Artrite reumatoide. No inicio não tinha ideia sobre o impacto da doença na minha vida, durante 1 ano e meio fiz tratamento com uma médica que indicou o uso contínuo de corticoides, engordei 28 quilos, tive 2 derrames articulares no tornozelo direito, minha pressão arterial aumentou, meu cabelo caiu, fiquei com glaucoma, andava com muita dificuldade, quase me arrastando e a auto estima lá em baixo. Quando percebi que a cada dia minha saúde só piorava, resolvi trocar de médico.
O segundo médico me acompanhou por alguns meses, e o que ele fez foi tirar os corticoides. Não dei continuidade ao tratamento, pois ele já não atendia mais convênios. Hoje faço acompanhamento com o Dr. Celso Ugolini, um excelente reumatologista que conheci há 7 meses. Diariamente faço uso de cloroquina, nimesulida, carbonato de cálcio, vitamina D e uma vez por semana o metotrexato. Confesso que desde janeiro deste ano, não tive nenhuma crise de dor, até esqueço que tenho AR, parece que minha AR está dormindo. A adaptação à nova vida foi ocorrendo aos poucos, trabalho no período da tarde, pois pela manhã não sou ninguém, sei dos meus limites físicos e minha maior alegria foi ter conhecido a Priscila Torres através de seu blog, pois no começo da doença, eu pesquisava na internet informações sobre a AR. Orgulho-me em fazer parte dessa família, pois quem está de fora não imagina o que sentimos e só quem tem AR sabe que nossos sentimentos não são de ” frescura”. Os encontros promovidos pela Pri, foram fundamentais para ampliar meus conhecimentos, trocar experiências com artríticos como eu, fazer novas amizades e compartilhar essas dores. Agradeço à Deus por tudo isso, pois existem pessoas com doenças mais graves e debilitantes que a minha. O importante é ser feliz, aproveitar cada momento e esquecer a dor.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída“, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
www.artritereumatoide.blog.br/
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