Me recordo de forma clara como tudo começou. Foi entre o final de junho e início de julho de 2021. Meu olho direito ficou vermelho do nada, bem avermelhado mesmo, e alguns colegas do trabalho notaram isso e começaram a ”chutar” o que poderia ser, um me disse que poderia ser sintoma de COVID19, outro falou que poderia ser conjuntivite, porém um me disse; “Marciel isso aí é por causa do tempo seco aqui da nossa região, eu vi uma reportagem sobre o assunto hoje na tv”. Então achei melhor aceitar a opinião do terceiro especialista rsrsrsrs.
Não dei muito atenção para isso, passado alguns dias, meu olho começou a doer muito! Nesse momento repeti o que muitos brasileiros fazem, fui numa farmácia perto de casa e realizei uma “consulta” com o atendente. Relatei tudo que estava sentindo e ele cheio de boas intenções me indicou um colírio… Procedi conforme ele tinha me instruído, mas só piorei, a dor só aumentava e estava com muita sensibilidade a claridade .
Nesse momento, tanto minha noiva, como minha mãe e minha irmã mais velha já estavam pedindo para que fosse num oftalmologista para ver o que estava acontecendo, apesar disso, continuei procrastinando minha ida ao médico.
Numa quarta feira do mês de julho já não estava aguentando mais tanta dor. Marquei uma consulta, e o médico me examinou, lembro que o exame foi bem dolorido por causa da minha condição. Então ele me disse que eu estava com uveíte.
Ele explicou detalhadamente essa doença e suas possíveis causas, como tuberculose, toxoplasmose, espondilite anquilosante, artrite reumatoide, etc. Me explicou que na minha idade era normal ter um episódio de uveíte, que era só tratar e ponto final.
Comecei o tratamento já na primeira semana, tive melhora significativa fui ao retorno e foi constatado que a inflamação tinha diminuído bem, ele me instruiu a continuar o tratamento reduzindo semanalmente as aplicações dos colírios até chegar a uma e parar.
Realizei todo o tratamento conforme prescrito pelo oftalmo, porém dois dias após o término, os sintomas voltaram, fui ao mesmo médico e ele disse que a uveíte tinha voltado. Ele pediu uma série de exames laboratoriais que não indicaram nada, fui orientado por ele a ir no reumatologista.
Entrei em contato com a clínica onde trabalha o único reumato aqui na minha cidade e ele estava de férias. Enquanto esperava pela consulta com o especialista sofri com uma dor muito intensa na perna esquerda, foram uns dez dias com extrema dificuldade para andar, quando percebi que o olho esquerdo também estava muito avermelhado e dolorido. Mais uma vez fui ao oftalmo e ele diagnosticou a uveíte também no olho esquerdo, relatei a ele o que tinha acontecido a respeito da dor na perna e ele disse que era grande a possibilidade de ser uma doença reumática. (com relação a dor da perna tenho ela desde 2018 quando fui ao ortopedista e ele me disse que era ciático, desde então eu tratava como dor ciática e nunca mais fui ao médico para uma investigação).
Finalmente chegou o dia de ir no reumato, como foi feito um encaminhado pelo oftalmo a consulta foi bem objetiva, o médico examinou a perna que ainda estava bem dolorida e já de imediato afirmou que eu estava com sacroileíte. O médico afirmou que pelo quadro clínico que estava apresentando, eu estava com espondilite, então ele disse algo que pra mim que foi muito significativo, “eu vou te ajudar e você vai ficar melhor”. Fiz mais alguns exames de laboratório e de imagem somente para fechar o diagnóstico.
Realizei o primeiro tratamento com altas doses de corticoides, tive uma boa melhora porem, as dores ainda persistiam e tive mais uma uveíte.
Hoje, após 4 meses de diagnóstico ainda estou com dores, minha visão nunca mais foi a mesma, mas tenho convicção que esta tempestade vai passar. Tive que reduzir as minhas atividades tanto na igreja onde sou obreiro, quanto no meu trabalho.
Tenho confiança que perseverando no tratamento, cuidando da alimentação e da mente irei conseguir alcançar a remissão dessa doença.
A espondilite pode me limitar porém não vai me parar!
Me chamo Marciel, tenho 36 anos, convivo com o diagnóstico da Espondilite Anquilosante a menos à 4 meses, sou Conferente e moro em Itumbiara-GO.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída”, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!⠀⠀
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