É muito frequente no consultório que os pacientes me interroguem sobre uma possível “Dieta Artrítica”. Algo que restringindo ou retirando da alimentação pudesse isoladamente “barrar” a progressão da doença ou a inflamação.
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As doenças autoimunes têm mecanismos muitos complexos que precisam se encaixar para que uma pessoa desenvolva uma DAI. A interação entre a genética e o ambiente é necessária. Sem predisposição genética, sem DAI. Sem “gatilhos” ambientais, também sem DAI. Dentre estes gatilhos do ambiente a dieta e fatores a ela relacionados como a obesidade são muito relevantes.
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Mas sinto decepcioná-los (as), mas não existe uma “Dieta Artrítica”. Existem sim razoáveis evidências de estudos que nos permitem fazer algumas recomendações sobre determinados alimentos que podem auxiliar no controle ou no agravamento da doença.
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Então vamos lá.
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Sal e açúcar: encontrados em altas quantidades em alimentos industrializados. Estes alimentos em excesso podem aumentar o risco de desenvolver artrite reumatoide (AR) e naqueles que já desenvolveram a doença podem contribuir para seu agravamento.
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Café: aumenta o risco de desenvolver AR, mas pode ajudar a auxiliar no controle das náuseas frequentemente experimentadas por quem usa o metotrexato, um dos principais medicamentos para AR.
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Carne vermelha: aumenta o risco de desenvolver AR.
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Dieta do Mediterrâneo: rica em gorduras do “bem” (azeite de oliva, abacate, amendoim, nozes, peixes e aves), além de leite e derivados de baixo teor de gorduras). Pode ajudar no controle dos sintomas da AR.
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Cogumelos, alimentos cítricos e laticínios: menor risco de desenvolver AR.
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