Certo dia acordei com fortes dores em um braço que passou, dois dias depois apareceu a dor no outro braço, pouco tempo depois na perna, eram dores fortes, inchaços nas mãos, tornozelos e joelhos. Procurei um ortopedista, fiz exames (radiografias), não foi encontrado nada de errado na parte óssea, daí ele me sugeriu procurar um reumatologista. Assim o fiz, dois meses depois já estava com o diagnóstico de Artrite Reumatoide. Foi sofrido saber que deixaria de ser uma pessoa independente. Comecei o tratamento com Metotrexato, atualmente faço uso de Orência (Abatacepte) e Metotrexato, ante do Orência, tive alergia a um outro biológico e tive que parar de usar.
A Artrite Reumatoide mudou totalmente a minha vida quando tive meu filho não pude dá-lhe banho, para trocar ou amamenta-lo precisava da ajuda de uma pessoa, não pude segura-lo no colo e jamais, jamais pude correr com ele na brincadeira.
Hoje não trabalho mais, perdi meu marido, segundo ele eu só chorava, e hoje dependo sempre de alguém para me ajudar em atividades simples como vestir uma peça íntima, abrir alguma coisa e etc. Não posso dançar, não ajoelho, não posso andar sozinha. Vivo um dia de cada vez.
Se eu pudesse mudar alguma coisa no tratamento da artrite, eu colocaria ambulatórios públicos de reumatologia com médicos especializados e um melhor acesso a medicamentos mais eficazes.
Gostaria também que os governantes tivessem mais respeito pelo ser humano que sofre, que depende da atenção deles para ser ter uma melhor qualidade de vida. Disponibilizando médicos públicos e medicamentos mais eficientes ao alcance dessas pessoas que não são poucas.
Deixo uma frase: “Não desista jamais, se hoje tá difícil, creia amanhã vai ser melhor”.
Sou Valdete Carvalho, tenho 51 anos, convivo com Artrite Reumatoide desde os 28 anos (há 23 anos), moro em Salvador/Bahia, sou comerciante e estou afastada do trabalho.
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