Nossos incansáveis pesquisadores continuam em busca de soluções para redução das mais de 1000 mortes por coronavírus que já “nos acostumamos” a ver diariamente. E, ao contrário do que alguns pensam, não é porque informamos a não eficácia de algumas medicações ou procedimentos significa que estamos na torcida “do contra”. Pelo contrário, estamos arriscando nossas vidas ao lado dos pacientes e seus familiares diariamente nessa pandemia.
Já existe um movimento de estudos ao redor do mundo sobre o possível uso da colchicina para tratamento da infecção pelo Sars-CoV-2. E olha que ela só perde para a hidroxicloroquina como a queridinha dos reumatologistas. E esse comprimidinho possui um mecanismo de ação fantástico, que lembra um imunobiológicos rudimentar. Ela inibe uma uma “máquina” dentro das células imunes, o inflamosso, uma estrutura que produz uma importante citocina inflamatória, a IL-1B. Usamos a colchicina nas artropatias cristalinas como a gota, por exemplo, além de outras condições como síndromes auto-inflamatórias e doença de Behçet.
E partindo do princípio que o grande vilão da história toda é a cascata inflamatória desencadeada pelo vírus, nossos super reumatos pesquisadores de Ribeirão Preto estudaram justamente essa possível ação da colchicina em pacientes com doença moderada a grave. E o estudo randomizado, duplo-cego e placebo controlado concluiu que quem usou colchicina, associada ao protocolo padrão, teve uma melhor evolução com menor tempo de uso de oxigênio suplementar e tempo de hospitalização. Embora ainda com limitações e com resultados que precisam ser confirmados em uma população maior, já nos planos dos pesquisadores, esse trabalho é um grande feito. Não só pelos resultados, mas pelo trabalho heroico realizado em um momento que a ciência está tão abandonada em nosso país.@rodluppino
#REPOST @areumatologista
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