Tanto mães de primeira viagem, quanto aquelas que já têm experiência, estão sempre buscando maneiras de minimizar as dificuldades da gravidez. Um dos melhores modos de fazer isso é por meio do pilates para gestantes, que se populariza cada vez mais.
De fato, essa modalidade ou metodologia de exercícios chegou ao Brasil há algumas décadas, primeiramente com foco nas classes A e B. Mas só recentemente se disseminou por todo o país, inclusive entre as classes C e D.
Daí que seja cada vez mais comum cruzar com placas, banners e anúncios oferecendo soluções como aula de pilates para coluna, para escoliose, para idosos, gestantes e daí em diante. Os anúncios se multiplicam na internet e até mesmo fora dela.
Quem confirma essa tendência crescente é a própria ABP, que é a Associação Brasileira de Pilates. Segundo levantamento recente publicado em boletins da instituição, o aumento na busca por profissionais da área é de mais de 40%.
Por isso elaboramos este conteúdo, trazendo os 5 benefícios do pilates para gestantes, como algo que vai ajudar a futura mamãe a passar pelas fases mais difíceis da gravidez sem grandes sobressaltos e traumas.
Ao mesmo tempo, também contextualizamos essa metodologia fisioterápica, mostrando como ela surgiu e como pode se relacionar com todo um estilo de vida fitness, podendo ir do pilates até uma alimentação vegana mais saudável.
Além disso, também é importante conferir algumas dicas sobre como encontrar uma boa academia de pilates, que garanta um serviço seguro e de excelência. Então, para ficar por dentro de tudo isso, basta seguir adiante na leitura.
A origem e algumas indicações
Talvez Joseph Pilates, um alemão que viveu entre os anos de 1883 e 1967, não tivesse noção do quanto seu método de condicionamento físico e exercícios iria se popularizar após sua morte.
Hoje, o pilates está no mundo todo, atraindo cada vez mais pessoas e redundando em variações que prezam pela originalidade do método, mas também se adaptam a demandas específicas, como de idosos, crianças, homens, mulheres e, claro, gestantes.
De fato, elas requerem vários cuidados especiais, uma vez que é preciso garantir a segurança do bebê no ventre, assim como a integridade física da própria mãe, que precisa adaptar-se a todas as transformações pelas quais seu corpo passa.
Como o método é 100% natural e com embasamento médico-científico, as próprias autoridades competentes de cada país tendem a indicá-lo.
Por exemplo, um centro de especialidades médicas pode chegar a indicar o pilates para um paciente, diferentemente de métodos alternativos que não são aceitos ou comprováveis cientificamente.
Ainda assim, alguns traços que já ajudam na hora de você saber se está diante de um pilates recomendável, é a parceria com a própria Associação Brasileira de Pilates que citamos acima.
Outra dica é procurar entender alguns dos princípios essenciais dessa metodologia, tais como:
- A respiração;
- A concentração;
- A precisão;
- O fluxo;
- O centramento;
- O controle.
Baseando-se nessas diretrizes, fica bem mais fácil julgar se a academia ou o profissional que você encontrou segue uma boa linha de pilates.
Outro ponto bacana de guiar-se pelos princípios é que eles estão presentes em todas as modalidades, seja com foco em gestantes, idosos ou qualquer outro público.
1. A musculatura do abdômen
Uma mãe não precisa conhecer a nomenclatura biológica do corpo para sentir a maioria dos impactos que a gestação traz.
É o caso do transverso abdominal e todos os demais músculos superficiais dessa região do corpo, diretamente impactada pela pressão constante que a presença e crescimento do bebê ocasionam.
O que os exercícios de pilates podem fazer para atenuar esse impacto é fortalecer tais músculos, segundo práticas e esforços que ninguém faria no seu dia a dia, a não ser com a precisão milimétrica dos exercícios e alongamentos propostos.
Assim, com esses esforços que a mamãe faz na academia de ginástica de pilates, evita-se o risco de distensão dos mesmos músculos, bem como o desequilíbrio que isso costuma causar na própria postura da praticante.
2. O que é o assoalho pélvico?
Mais um termo técnico que a mãe não precisa conhecer para senti-lo agindo, é essa camada da bexiga que simplesmente impacta o trabalho desse órgão.
Ou seja, estamos falando da questão da incontinência urinária, que atinge a maioria das mães gestantes, mesmo aquelas que já tiveram filhos anteriormente.
Às vezes, a falta de continência se dá por excesso de esforço, o que é realmente contraindicado. Tanto que, a partir de determinada fase, a medicina do trabalho pode indicar o afastamento da gestante.
Em outros casos, ela ocorre por simples “quadro de urgência”, que é a perda não deliberada do controle dessa função do organismo.
Pois bem, os exercícios de pilates gestacionais causam um estiramento virtuoso das partes envolvidas em todo o sistema da bexiga e do assoalho pélvico, melhorando consideravelmente a circulação nessa região inteira do quadril.
Além da vantagem de prevenir consideravelmente a incontinência, na própria hora do parto essa região estará mais fortalecida, como no complexo dos ossos sacrilíacos.
3. O papel da respiração
Toda gestante já deve ter visto um filme em que a mamãe grávida testava a respiração, fazendo o método da famosa “respiração cachorrinho”.
Filmes à parte, a frequência respiratória e o volume residual de ar no pulmão são traços realmente essenciais, a serem levados em conta tanto na hora do parto, quanto durante os primeiros estágios da gravidez.
Deste modo, os exercícios de pilates começam por mudar a consciência corporal, já que a respiração é algo que impacta o corpo todo, embora não estejamos acostumados a prestar atenção nela, como as diferenças entre usar a boca ou as narinas.
Ao mudar seu padrão respiratório, a mãe também consegue otimizar seu cansaço geral, ganhando disposição para atividades que sem o pilates seriam impensáveis.
Assim, ela pode continuar chamando o delivery de mercado para não precisar fazer compras e carregar sacolas, mas alguns esforços como varrer um cômodo ou tomar um banho mais demorado passam a ser inteiramente acessíveis e até viáveis.
Ademais, há todo um sistema muscular envolvido nisso, de modo que o pilates gestacional trabalha o tronco e o abdômen de maneira direta e indireta.
4. As famosas dores lombares
Até mesmo os homens são capazes de saber o quanto as dores são crescentes na gestação de uma mulher, já que o peso exercido sobre o ventre cresce cada vez mais, inclusive, mudando o centro de equilíbrio do corpo feminino.
Em termos técnicos, o que ocorre é que a barriga pende para frente e ocasiona uma inclinação pélvica drástica. Aí é que entra o esforço dobrado da musculatura lombar e das costas como um todo, causando as famosas dores da gestação.
O foco das mudanças ocorre no que se chama de cinturão abdominal, por envolver toda a região da cintura, tanto na parte frontal quanto posterior do corpo.
Em alguns casos, as dores se tornam tão agudas que a mãe pode tentar entrar com medicamentos manipulados para atenuar um pouco. Mas são alternativas hemoterápicas, já que muitos fármacos são contraindicados para gestantes.
Ainda assim, os exercícios de pilates podem fortalecer esse complexo muscular e evitar tanto as dores quanto a necessidade dos medicamentos, especialmente quando o pilates é iniciado logo nas primeiras semanas de gravidez.
5. As melhoras gerais
Também podemos falar de algumas melhorias e benefícios gerais, que passam por fatores que podem parecer um detalhe para quem vê de fora, mas que fazem toda diferença na rotina da mãe.
Por exemplo, a melhora do sono, especialmente porque, junto com a dificuldade de repousar e descansar de verdade, vem uma carga dobrada em termos de cansaço e sonolência.
Agora, imagine a situação de sentir muito sono, mas não conseguir pregar os olhos por conta de um desconforto generalizado, que às vezes você nem sabe de onde exatamente está vindo.
O que os exercícios corretos de pilates gestacional fazem é contribuir para um maior domínio da respiração, da musculatura, da concentração e, portanto, do relaxamento do corpo, contribuindo para um sono de maior qualidade.
Para se ter ideia, práticas de concentração e respiração são capazes de produzir mais endorfina, que é o hormônio do sono e também da alegria. Ou seja, a mãe ganha domínio bem maior sobre a situação.
Outro exemplo de vantagem paralela ou transversal é o da alimentação. Geralmente, o enjoo causa perda de apetite, mas o domínio trazido pelo pilates pode repor essa função básica do organismo, especialmente quando conciliado com alimentos integrais.
Considerações finais
Falar de exercícios de pilates gestacional equivale a se referir a uma metodologia fisioterápica que pode ajudar consideravelmente qualquer mamãe, seja qual for o estágio da gravidez.
Aliás, quanto mais cedo ela começar, melhor, sendo que não há restrição quanto ao período limite para a prática. Essas e outras dicas nós trazemos acima, ao explorar os benefícios principais dessa atividade, então, basta aproveitar.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
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