Tenho 34 anos sou formada em turismo, fiz faculdade assim que terminei percebi que algo não estava bem. Tudo começou com uma dor nos dois punhos ao mesmo tempo e inchaços. Moro em uma cidade pequena do interior e nenhum dos médicos conseguiram diagnosticar o que eu tinha. Fiquei 2 anos com dor e limitações nos punhos, mal conseguia me vestir, nunca vou esquecer tudo que passei até chegar ao diagnóstico.
Vou resumir porque a história é longa, comecei os sintomas de dor nos punhos com 23 anos e fui diagnosticada com 25 anos, quando fui encaminhada para o HC de São Paulo, onde estou a 9 anos em tratamento. Quando cheguei no HC veio uma equipe de 10 médicos e cada um fazia uma pergunta, achavam que eu tinha caído e quebrado os dois punhos, não, nunca quebrei.
Passei pelos ortopedistas e na mesma hora me levaram para a reumatologia do HC. Por 2 anos fiquei correndo atrás de medico, fazendo exames e tomando remédios antes de chegar no HC. A doença fez um grande estrago, pois estava no grau gravíssimo. Não tive escolha, os médicos me falaram que seria necessário fazer uma cirurgia nos dois punhos. Fui informada que eu ficaria com limitações, mas teria uma vida normal.
É assim, sem escolha, fiz as duas cirurgias uma em 2011 e a outra em 2012. A cirurgia de artrodese com 6 parafusos, é uma placa em cada punho. Comecei a tomar as medicações antes da cirurgia, cortisona, ao MTX tive intolerância, tomei também infliximabe biológico por 9 meses. O começo do tratamento foi muito difícil, fiquei longe da minha família, me afastei do meu trabalho durante 3 anos para me tratar. Na época eu trabalhava como secretária em uma usina.
Ficava mais no hospital do que na casa da minha prima que mora em Santo André e por onde fiquei por 2 anos. Ia para casa uma vez ao mês ver meus pais, sofri muito, chorava muito, não entendia o porque de tudo. Deus é surpreende, tive forças para enfrentar tudo praticamente sozinha, longe da minha mãe que não podia estar presente, pois tenho uma irmã especial e ela ficava dividida.
Os anos foram passando e eu lutando, moro a 5 horas de São Paulo e a 9 anos viajo para me cuidar, em uma viagem cansativa, mas não desisto de me cuidar. Hoje a doença está controlada depois de muitas medicações, uso o reuquinol e vitamina D. Tomei por 2 anos leflunomida, enfim, hoje estou bem, trabalho em uma grande empresa na vaga especial e não me entrego.
Não deixo a doença me derrubar, pois o que me manteve confiante sempre foi a minha fé e a vontade de ficar boa novamente. Levo uma vida normal, tomo a medicação e vou a cada 5 meses ao médico. Sinto algumas dores mas nada fora do normal e faço exames sempre. Não podemos desistir nunca, Deus foi meu único refúgio e sempre será. Oração e fé! Fiquem com Deus e não desistam nunca.
“Você nunca sabe a força que tem, até que a sua única alternativa é ser forte.” Meu nome é Erica Fernandes.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída”, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
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